Pedidos de falências no ano até setembro registram menor volume desde 2011

4 de novembro de 2020 às 0h09

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Crédito: Arquivo DC

São Paulo – Os pedidos de falências requeridas de janeiro a setembro deste ano somam a menor quantia em dez anos (2011 a 2020), de acordo com levantamento da Serasa Experian. No período, foram 754 solicitações, bem abaixo dos 1.100 pedidos feitos de janeiro a setembro de 2019 e quase 50% menor que o registrado no mesmo período em 2011.

Para o economista da Serasa Experian Luiz Rabi, o fato de os pedidos de falências serem os menores dos últimos dez anos é muito positivo. Principalmente porque mostra que, ao invés de pedir falência, as empresas têm procurado usar ferramentas que permitem recuperar créditos de uma forma mais eficiente e menos custosa do que por meio de vias judiciais.

“O pedido de falência está caindo em desuso. Antes, quando uma empresa atrasava os pagamentos, era muito comum o pedido de falência. Hoje, existem diversas ferramentas que a ajudam a evitar essa medida. A Serasa Experian, por exemplo, dispõe de várias ferramentas que ajudam a concedente de crédito a recuperá-lo de forma mais eficiente, mais rápida e menos custosa do que mediante processos judiciais”, explica Rabi.

“Estamos tendo um ano bem diferente em todos os sentidos. Com o isolamento social, as empresas tiveram que se redescobrirem e inovarem, pensando em estratégias para sobreviverem num momento tão difícil. Além disso, a ajuda emergencial do governo e a queda da taxa de juros ajudaram as empresas a se manterem”, avalia.

Base mensal – Na comparação apenas mensal, foram realizados 82 pedidos de falência, uma queda de 19,6% ante agosto, quando foram verificados 102 pedidos.

Tendo como base a comparação de setembro contra agosto também ocorreu queda em todos os portes. Em setembro, foram verificados 47 pedidos de falência de micro e pequenas empresas ante 54 em agosto. Entre as médias, houve queda de 24 para 15 pedidos e, entre as grandes, de 24 para 20.

Já em relação ao setor, no confronto mês a mês, a Indústria apresentou alta no número de pedidos, passando de 20 para 25. Comércio e Serviços caíram de 102 para 82 e, de 49 para 28, respectivamente.

Recuperação judicial – O número de pedidos de recuperação judicial no acumulado em dez anos atingiu 955, mas não é o menor do período. No entanto, na comparação mensal, houve queda de 34,1%, passando de 132 em agosto para 87 em setembro.

Por porte, na comparação mensal, houve queda nas micro e pequenas empresas de 95 para 58 e nas grandes, de 18 para 10. Já os pedidos das médias ficaram estáveis em 19.

Quando considerado por setor, os pedidos do Comércio cresceram de 31 para 33. Já Indústria e Serviços apresentaram declínio de 19 para 11 e de 83 para 32, respectivamente.

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