Motoristas de táxi-lotação pedem à PBH inclusão em subsídio ao transporte coletivo

A pauta do subsídio para o sistema de transporte coletivo da capital mineira voltou à discussão nesta terça-feira, na sede da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Desta vez, o prefeito Fuad Noman (PSD) recebeu representantes da Associação de Motoristas de Táxi-Lotação de Belo Horizonte (AMTLBH). Os profissionais que atuam com essa categoria de transporte urbano solicitaram a inclusão de suas atividades no projeto que pretende subsidiar as empresas de transporte municipal.
O Projeto de Lei 538/23, que tramita na Câmara Municipal, prevê o pagamento de R$ 477 milhões ao sistema de transporte coletivo da cidade. Na última semana, a prefeitura recebeu a autorização da Câmara para gerir o sistema e tomar decisões quanto ao futuro dos transportes na Capital. Porém, até o momento, as emendas contemplam apenas os ônibus do transporte coletivo.
De acordo com o diretor da AMTLBH, Gustavo Fialho de Souza, a aprovação do projeto com a ausência do serviço de táxi-lotação terá consequências negativas para o setor. “Essa ausência ocasionaria grande desequilíbrio e descompasso no sistema de transporte público municipal”, diz.
Segundo ele, o setor emprega atualmente 200 motoristas e é responsável pelo sustento de 600 pessoas. “Em média, transportamos 10 mil pessoas diariamente em nossas rotas pela avenida Afonso Pena e avenida do Contorno. Ou seja, se ficarmos ausentes, tendo que manter o mesmo valor da tarifa sem uma necessária compensação, é prejudicial para os motoristas”, aponta o diretor da entidade.
Motoristas também cobram reajuste da remuneração
Durante o encontro, que também contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), vereador Gabriel Azevedo (sem partido), e do vereador Irlan Melo (Patriota), foi apresentado um documento que elenca as atuais necessidades dos motoristas.
Dentre os pedidos, a entidade cobra à PBH o reajuste da remuneração da prestação do serviço público. Hoje ela é de R$ 27.500/mês, segundo edital de licitação de 2016. Se atualizado, o valor médio atual deveria ser de R$ 45 mil/mês. Contudo, o km rodado hoje teria que custar R$ 12,50 para se aproximar do cálculo proposto pela classe.
A prefeitura protocolou os documentos. Agora, o planejamento é que Fuad Noman direcione os papéis à sua equipe técnica para avaliação.
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