Legado de um jornalista

10 de junho de 2021 às 0h10

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Crédito: Arquivo Pessoal

Daniela Maciel e Zu Moreira nos brindaram numa edição de final de semana do Diário do Comércio, com dois elogios ao colega jornalista Fernando Lana que partiu, vítima da Covid-19, completando em pouco tempo mais de 470 mil mortes. 

“Perfeccionista e vigoroso, Lana parecia duro, mas arrisco dizer, era apenas um artifício para liderar e estimular, sabendo ensinar, apoiar e ser verdadeiro amigo”. A editora da página ressaltou também a morte de Dawson França Bernardo, que trabalhou no DC na função de operador de fotocomposição, passando depois à função de operador de CPD.

Deixou para seus colegas a lembrança de companheiro competente, responsável e de poucas palavras frequentemente com senso de humor. Perdemos dois colegas de trabalho no DC. A editora fez questão de anunciar que o “jornalismo mineiro” perdia Fernando e Dawson. É dentro do conceito do jornalismo mineiro que o DC e seus profissionais nasceram para a arte de informar, numa casa, que gerava companheirismo e solidariedade entre os jornalistas, gráficos e funcionários administrativos.

Com estreita participação de seu fundador, o visionário José Costa, que era o primeiro a chegar ao trabalho de manhã. A redação tornou-se uma verdadeira escola de jornalismo. Considerar Fernando Lana e Dawson num só texto, post mortem, é demonstrar aos leitores o caráter solidário de um jornal, que sabia unificar no trabalho cotidiano jornalistas e gráficos.

Dawson era o testemunho do esforço permanente de José Costa, seus filhos e genro, na renovação, de tempos em tempos, do maquinário gráfico, com uma tecnologia cada vez mais moderna na produção da notícia.

Era um tempo em que surgiam as escolas de comunicação social e as redações contavam com velhos jornalistas experientes, com os primeiros formandos em comunicação e os provisionados admitidos com a aprovação da DRT-MG.

O DC tornou-se uma verdadeira escola de comunicação e jornalismo, aperfeiçoando os jovens formandos e a nós os “provisionados” que oferecessem condições de escrever. Foi o caso desse escriba a partir de 15/10/1973, quando voltei para Minas, após a prisão política no DOI-Codi e Dops em São Paulo, onde pela primeira vez pensei em trabalhar em jornal.

Poucos anos depois, recebi na redação do DC e passei a conviver com Fernando Lana. Assino embaixo das referências positivas feitas por Daniela Maciel e Zu Moreira, que destacaram as qualidades de nosso saudoso amigo Lana. Seu profissionalismo e amor à notícia, passaram por várias redações, desde 1979 no Jornal de Minas.

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