Utilização da capacidade tem melhor desempenho para julho em quatro anos
Brasília – A produção nas fábricas brasileiras aumentou o ritmo de recuperação em julho, de acordo com sondagem divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em uma escala na qual valores acima dos 50 pontos significam crescimento, o desempenho do setor alcançou 52,2 pontos, superior aos 50,8 pontos de junho.
“Estamos no início do segundo semestre do ano, quando costuma ter um aumento na atividade. Mas o resultado de julho deste ano foi mais forte do que em 2017 e melhor do que os de 2014, 2015 e 2016, quando a produção caiu por causa da crise”, avaliou o economista da CNI Marcelo Azevedo, em nota.
Com maior produção, também houve redução na ociosidade do parque industrial no mês passado. A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) passou de 66% em junho, para 68% em julho. Esse foi o melhor resultado do índice em julho nos últimos quatro anos. Ainda assim, a UCI ficou 1 ponto percentual abaixo da média histórica do indicador para o mês.
Da mesma forma, o índice que mede a UCI em relação ao usual para o período chegou a 44,1 pontos. Isso ainda significa que a utilização do parque industrial foi menor do que o usual para julho, mas o indicador chegou ao maior patamar desde fevereiro de 2014.
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Estoques – Por outro lado, depois de um forte ajuste em junho, os estoques da indústria continuaram ligeiramente acima do planejado no mês passado, com indicador em 50,8 pontos. Já o emprego na indústria continuou em retração, embora menor que a registrada em junho, com índice de 48,5 pontos no mês passado, ante 48,1 pontos no mês anterior.
A sondagem também mostra melhora nas expectativas dos empresários da indústria para os próximos seis meses. Em uma escala na qual valores acima de 50 pontos significam otimismo, a intenção de investimento passou de 49,4 pontos para 51 pontos.
Já o índice de demanda passou de 56,4 pontos para 57,8 pontos em agosto. A perspectiva de compra de matéria-prima passou de 54,5 pontos para 54,8 pontos. Apenas a expectativa com relação às exportações piorou, de 55,4 pontos para 55 pontos.
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