21ª edição do Festival de Tiradentes já supera as expectativas iniciais

Duas décadas dos 300 anos de Tiradentes, no Campo das Vertentes, celebrados este ano, foram marcados pelo tradicional Festival Cultura e Gastronomia da cidade. A 21ª edição do evento, que já chega em sua reta final, transbordou a expectativa de público e os 45 mil visitantes inicialmente esperados nos 10 dias de programação devem ultrapassar os 50 mil. Só nos primeiros dias de festival (24 a 26 de agosto) mais de 20 mil pessoas passaram pelas ruas e praças de Tiradentes. O evento vai até o dia 2 de setembro.
Com a máxima de que “tudo se resolve em volta da mesa”, o diretor do festival, Rodrigo Ferraz, conta que além da movimentação financeira dentro da cidade, o evento também é um espaço promissor para gerar novos negócios e criar oportunidades.
O investimento para a sua realização gira entre R$ 4 milhões e R$ 4,5 milhões, a maior parte oriunda de patrocínio. Já a movimentação é de cerca de R$ 50 milhões considerando os dias de evento. O ticket médio é de R$ 800 a R$ 1.000.
Para marcar o tricentenário de sua cidade de origem, o 21° Festival de Cultura e Gastronomia de Tiradentes traz duas novidades, uma delas, não tão nova assim. Trata-se dos festins, os jantares especiais exclusivos promovidos por renomados chefs de cozinha que foram realizados até 2015. Após isso, com a proposta de ocupar mais espaços na cidade e tornar o evento mais acessível, os festins deixaram de ser realizados, mas retornaram este ano a pedidos do público.
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“Os jantares especiais são realizados em locais diferenciados onde o chef pode mostrar o seu trabalho criativo em um menu degustação. Nestas ocasiões ele pode ousar mais, ser um pouco mais vanguarda”, conta Rodrigo.
Além disso, mais um espaço foi dedicado à programação. “Antes, a gente só tinha duas praças para o evento, a praça do Conhecimento e a praça da Rodoviária, e este ano ganhamos a praça Campo das Vertentes também. Com isso, espalhamos mais o público pela cidade”, relata.
Segundo ele, 50% do público presente é oriundo de Belo Horizonte e outras cidades mineiras, e os outros 50% são de fora do Estado, especialmente de São Paulo e Rio de Janeiro.
Com estandes espalhados pelas praças, o evento conta também com a Cozinha ao Vivo, os espaços Interativo e Degustação, atrações musicais, intervenções teatrais, espaços dedicados ao aprendizado, como a Pousada Escola Senac e a Praça Senac Conhecimento, palestras, oficinas e ainda o espaço Produtos e Produtores onde o público pode levar para a casa um pouquinho da gastronomia mineira. Ainda complementa a programação o projeto Experiências Gastronômicas, com viagens realizadas na região para o público conhecer a origem dos alimentos e os caminhos percorridos até a mesa.
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Tipo exportação – Responsável pela organização do evento, a Plataforma Fartura, que é a base da curadoria gastronômica do festival por meio da Expedição Fartura – Comidas do Brasil, percorre o País coletando informações sobre chefs, produtores, ingredientes, mercados e receitas. Trata-se de uma plataforma que integra literatura, filmes, redes sociais, capacitação e desenvolvimento, viagens e conteúdo em torno da gastronomia brasileira.
Este ano, o Festival Fartura já passou por Porto Alegre e São Paulo, antes de desembarcar em Tiradentes, e chega a Belo Horizonte nos dias 22 e 23 de setembro, onde também de desdobra em um formato Kids nos dias 29 e 30 de setembro. A partir dali, as próximas paradas são Brasília, Fortaleza e Portugal. E logo no início do ano que vem, Belém é a contemplada.
Em Lisboa, o evento, programado para novembro deste ano, já está em sua segunda edição, e visa resgatar parte das origens da gastronomia do Brasil. “O objetivo é cobrir as nossas raízes gastronômicas, que tem origem indígena, africana e portuguesa, por isso levamos o festival para Lisboa”, explica Rodrigo Ferraz.
Somente entre os anos de 2016 e 2017, o Festival Fartura foi responsável por servir 185 toneladas de alimentos.
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