Brasil terá metade de investimentos do CPPIB

12 de outubro de 2018 às 0h01

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Crédito: Pixabay

São Paulo – O Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB) tem a meta de aumentar os investimentos na América Latina até 2025 para algo em torno de 29 bilhões a 30 bilhões de dólares canadenses, dos quais metade será alocada no Brasil, afirmaram executivos do fundo de pensão canadense na quinta-feira (11).

Ao fim de junho deste ano, o CPPIB tinha 12,3 bilhões de dólares canadenses investidos na América Latina, o equivalente a 3,4% do montante global de 366,6 bilhões de dólares canadenses. Só no Brasil, os investimentos do fundo de pensão que está entre os dez maiores do mundo somam quase 4 bilhões de dólares canadenses.

“O Brasil é um dos nossos principais focos em mercados emergentes, ao lado de China e Índia. Vemos oportunidades interessantes para nossa carteira e é por isso que temos 20 pessoas aqui em nosso escritório dedicadas à região”, disse o presidente-executivo global do CPPIB, Mark Machin.

Hoje, o fundo de pensão canadense concentra sua atuação no mercado brasileiro em ativos imobiliários por meio de parcerias com a Aliansce, a Cyrela Commercial Properties (CCP) e a Global Logistic Properties (GLP).

Em dezembro do ano passado, o CPPIB ingressou na indústria de energia renovável no Brasil por meio de uma joint venture com a Votorantim Energia, aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em março deste ano.

Outras áreas no Brasil que despertam o interesse do fundo são infraestrutura, óleo e gás e recursos naturais, ressaltou o diretor para a América Latina, Rodolfo Spielmann. Além disso, o CPPIB ainda avalia investimentos de private equity em negócios de tecnologia voltados para os setores financeiro e de educação.

Fintechs e edutechs – “Estamos de olho em fintechs e edutechs já lucrativas, crescendo rápido e com potencial para IPO (oferta pública inicial de ações). Há companhias interessantes”, afirmou Spielmann, citando o setor financeiro como “absolutamente estratégico”.

O comércio eletrônico, ainda muito incipiente no Brasil, também não está fora do radar, segundo o diretor do CPPIB para a América Latina. “Temos interesse em propostas disruptivas, que rompem com os canais tradicionais”, acrescentou.

Questionados sobre a indefinição no cenário político e os rumos da economia, os dois executivos destacaram a importância de um novo governo dar prioridade ao déficit fiscal. “A situação fiscal é onde todos deveriam estar focados”, disse Machin, sem citar candidatos.

Ressaltando o perfil de longo prazo dos investimentos do CPPIB, Spielmann observou que o fundo preza por um ambiente regulatório estável, instituições sólidas e respeito à propriedade privada. “Acreditamos em um longo prazo em que não haja risco à democracia”, concluiu. (Reuters)

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