Cade pede condenação de distribuidoras

15 de setembro de 2020 às 0h09

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Crédito: REUTERS/Diego Vara

Rio de Janeiro – O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão regulador de proteção à concorrência no Brasil, recomendou a condenação das distribuidoras de combustíveis BR, Raízen e Air bp, da britânica BP, sob alegação de práticas anticompetitivas no mercado de querosene de aviação.

A BR Distribuidora, que tem a Petrobras como acionista, e a Raízen, joint venture entre Cosan  e Shell, confirmaram a decisão do Cade em comunicados ao mercado na noite da última sexta-feira e ontem, acrescentando que irão fazer suas defesas junto ao órgão estatal.

A manifestação do Cade, emitida pela superintendência, apontou que as práticas estariam relacionadas à atuação das empresas no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, o mais movimentado do Brasil, mas não tem efeito imediato.

O tema será apresentado ao tribunal do órgão para julgamento, o que pode levar a multas significativas para as empresas, que terão oportunidade de defesa.

A natureza das alegações não imediatamente clara, mas o Cade disse anteriormente que investigava se as empresas estavam agindo para evitar que concorrentes entrassem no mercado em Guarulhos.

O comunicado da Raízen fala em “suposta imposição artificial de barreiras à entrada no mercado de comercialização de querosene de aviação” no aeroporto.

A companhia disse que irá se defender e argumentou que “todas as empresas do grupo Raízen observam o mais alto padrão de governança em suas políticas comerciais e atuam permanentemente em conformidade com a legislação vigente, com absoluto respeito à livre concorrência”.

A BR Distribuidora disse, na última sexta-feira, que “irá adotar todos os meios necessários para sua defesa” e defendeu que “pauta sua atuação pelas melhores práticas comerciais e concorrenciais”.

A Air bp, unidade da BP que atua com combustível de aviação no Brasil, disse que aguardará decisão do Cade, mas “reitera seu compromisso com a livre concorrência” e “o cumprimento da lei em todos os países em que atua”. (Reuters)

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