Captações no País atingem R$ 217,4 bi

12 de outubro de 2018 às 0h05

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REUTERS/Paulo Whitaker/File photo

São Paulo – O volume de captações feitas no mercado doméstico e externo atingiu R$ 217,4 bilhões no período de janeiro a setembro deste ano, 9% acima do que o mesmo período do ano passado e maior que a média dos últimos cinco anos de R$ 177,6 bilhões, informou a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

O mercado doméstico de renda fixa e híbridos puxou o crescimento, somando R$ 162,3 bilhões nos nove meses de 2018, um aumento de 52% frente ao mesmo período do ano passado. As captações de renda variável cederam 77% de janeiro a setembro deste ano, para R$ 6,9 bilhões, enquanto as ofertas de renda fixa no mercado externo diminuíram 24%, para R$ 48,2 bilhões.

O diretor da Anbima, José Eduardo Laloni, destacou o crescimento das debêntures incentivadas nas ofertas feitas em renda fixa, que, de acordo com ele, passaram a representar uma parcela relevante, mesmo sendo um mercado maior em relação aos anos anteriores.

Nos primeiros nove meses, as debêntures incentivadas somaram R$ 15,8 bilhões, contra R$ 5,3 bilhões no mesmo intervalo de 2017. O setor de energia elétrica representou 72% das emissões de debêntures incentivadas, contra 60% no mesmo período do ano passado.

Laloni chamou atenção ao fato de que a estabilidade do juro e a baixa inflação se refletiram nos prazos médios das captações de debêntures, que passou de 4,6 anos de janeiro a setembro do ano passado, para 6,2 anos no mesmo período deste ano.

Ele frisou ainda o salto nas ofertas de dez anos, puxadas pelas debêntures incentivadas, que passaram a representar 14,4% de todas as operações dessa categoria de janeiro a setembro deste ano, em relação aos 5,8% do mesmo período do ano passado.

Intermediários – As pessoas físicas, os estrangeiros e os intermediários lideram as compras das debêntures, de acordo com relatório da Anbima. Destaque aos intermediários, que tiveram participação maior, de 39,8% nos primeiros nove meses deste ano, contra 30,6% em 2017.

“O mercado de debêntures de infraestrutura cresceu muito, e vários players, como os intermediários das ofertas, as plataformas digitais, assim como os estrangeiros apareceram”, comentou. “A base de investidores está diversificada e todos os potenciais têm participado das ofertas”, acrescentou Laloni.

Outro ponto identificado pelo levantamento foi o fato de que boa parte das operações estruturadas foi parar nas mãos dos investidores finais, ou seja, distribuídas ao mercado.
De janeiro a setembro, 53,7% das ofertas de debêntures foram distribuídas, abaixo dos 71,3% do mesmo período do ano passado. Mas, para Laloni, o fato de estar acima de 50% segue mostrando a maturidade do mercado. (AE)

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