Cemig vai investir R$ 173 milhões em religadores automatizados
14 de julho de 2021 às 0h18
A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) está investindo, somente neste ano, recursos da ordem de R$ 173 milhões para modernizar o sistema elétrico no Estado. O investimento é direcionado à instalação de 7.445 religadores na área de concessão da empresa.
Esses equipamentos trazem grande benefício para a continuidade do fornecimento de energia, pois recompõem o sistema elétrico automaticamente, no menor tempo possível, em caso de interrupções por defeitos transitórios.
A companhia possui a maior rede de distribuição de energia elétrica da América do Sul, com mais de 540 mil quilômetros de linhas e redes. Os religadores são instalados nas redes elétricas urbanas e rurais. Somente na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) a companhia vai adicionar 558 novos equipamentos à rede de distribuição.
“Nas cidades, a instalação dos equipamentos busca atender áreas com grande concentração populacional e de manutenção da vida, como hospitais, por exemplo, e assim garantir a continuidade do abastecimento para o maior número de clientes em caso de uma oscilação transitória na rede elétrica”, observa o gerente de Gestão de Ativos da Distribuição da Cemig, Gleiston Andrade. “Em áreas rurais, em que os circuitos são longos e atendem a clientes muitas vezes dispersos, a instalação de religadores agiliza o restabelecimento a essas unidades, evitando que os defeitos afetem circuitos maiores”, completa.
Caso haja problema na rede elétrica de distribuição, como sobrecarga por curto circuito, os religadores automáticos fazem ciclos de aberturas e fechamentos do sistema elétrico. Considerando que a maioria das falhas de alimentação é passageira e é provocada por ventanias, raios ou materiais externos em contato com a rede elétrica, esses equipamentos solucionam de forma rápida grande parte dessas ocorrências temporárias, além de isolar os trechos com defeitos, em casos mais complexos.
“Os religadores são essenciais para o rápido restabelecimento dos nossos clientes, em caso de ocorrências no sistema elétrico. Dessa forma, quando uma árvore cai sobre a rede elétrica, por exemplo, e interrompe o fornecimento de energia, o sistema já identifica o ponto onde houve a interferência, e o equipamento isola a área danificada para normalizar imediatamente o fornecimento de energia para os clientes que tiveram o serviço interrompido e não estão naquele determinado trecho defeituoso”, explica o gerente da Cemig.
Plano – Até 2022, os investimentos da Cemig em melhorias em linhas de distribuição, subestações, religadores, redes de média e baixa tensão e medidores, por exemplo, vão ser de aproximadamente R$ 6 bilhões. “O valor contribuirá para viabilizar o desenvolvimento econômico e social do Estado, uma vez que será distribuído por todas as regiões de Minas Gerais”, informa o governo estadual. Para 2021, os investimentos previstos somam mais de R$ 2 bilhões.
“Dessa forma, juntamente com os esforços do governo estadual, os investimentos na rede de distribuição reforçam o comprometimento da Cemig para o desenvolvimento das diversas regiões e classes de clientes, promovendo o desenvolvimento da economia e melhoria da qualidade de vida dos mineiros”, conclui o Executivo. (Agência Minas)
Lei da privatização da Eletrobras é sancionada
Brasília – O presidente Jair Bolsonaro sancionou, ontem, com vetos a lei que abre caminho para a privatização da Eletrobras, além de prever a contratação compulsória de térmicas a gás natural e outras fontes.
Foram realizados 14 vetos, dentre eles de um artigo que determinava que o Poder Executivo aproveitasse empregados da Eletrobras e de suas subsidiárias demitidos sem justa causa durante os 12 meses subsequentes à desestatização.
Bolsonaro também vetou artigo que definia que a diretoria do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) deveria ser aprovada pelo Senado Federal.
“A partir de agora, o governo está autorizado a prosseguir com o processo de capitalização da empresa, que deverá trazer investimentos para o setor elétrico e gerar emprego e renda para o País”, disse o Ministério de Minas e Energia em nota.
A nova lei permitirá que a privatização ocorra por aumento do capital social, com renúncia do direito de subscrição de ações pela União, que assim terá diluída sua fatia de 61% na empresa. A Eletrobras se tornará, assim, uma corporação, com capital pulverizado.
A previsão do ministério é que a emissão de ações ocorra até o primeiro bimestre de 2022. Até lá, deverão ser realizadas as definições de premissas fundamentais à modelagem da privatização pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Próximos passos – Com a sanção da lei, a próxima etapa é a conclusão dos estudos de avaliação da Eletrobras e a definição do valor e quantidade de ações a serem ofertadas, explicou a pasta. Nessa etapa, é avaliada a situação atual da empresa, seus ativos e passivos, capacidade de geração de valor e perspectiva de crescimento ao longo dos anos.
“Cabe ao Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI) aprovar os estudos coordenados pelo BNDES, bem como definir a modelagem final da operação de capitalização, com base nas diretrizes da nova lei”, afirmou a pasta.
Nessa etapa, serão detalhadas as diretrizes da capitalização, tais como: o desenho final da reestruturação societária, o preço mínimo de venda das ações, e outros condicionantes do processo.
Os estudos realizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) serão enviados também para o Tribunal de Contas da União (TCU) para aprovação, disse o ministério.
Após a aprovação do CPPI e do TCU, a etapa seguinte é a realização pela Eletrobras da assembleia de acionistas, na qual a União não votará em determinadas matérias, para aprovação da emissão de novas ações. O processo de emissão será conduzido pela própria empresa com o acompanhamento pelo BNDES. (Reuters)