JULIANA SIQUEIRA
A Celulose Nipo-Brasileira S.A (Cenibra), de Belo Oriente, no Vale do Aço, encerrou o ano de 2020 com recorde de produção. De acordo com os dados divulgados pela empresa, a produção anual foi de 1,27 milhão de toneladas, 50 mil toneladas a mais do que o valor orçado para o exercício.
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Diretor industrial e técnico da Cenibra, Júlio César Ribeiro destaca que o ano passado foi bastante desafiador, sendo que o impacto da pandemia da Covid-19 na vida de todos foi muito forte. Nesse cenário, ele lembra que a celulose e o papel foram considerados essenciais, o que ajudou a impulsionar os números da empresa.
“Acredito que todos se lembram do desabastecimento de papéis sanitários e falta de EPIs médicos, entre eles as máscaras, mesmo em países ricos. Neste cenário, a celulose e o papel foram considerados itens essenciais no combate à pandemia e tiveram seu consumo aumentado ainda mais em razão dos protocolos sanitários. A pandemia também gerou aumento expressivo no consumo de embalagens para alimentos e e-commerce”, afirma ele.
Ribeiro salienta que as fábricas do País se mobilizaram para manter a operação e atender a demanda não só brasileira, mas também de outros países.
“A continuidade das operações foi possível em virtude da dedicação e do engajamento dos empregados e prestadores de serviços que, suportados pela adoção de um rígido protocolo de prevenção à Covid-19 com foco na preservação da saúde física e mental, mantiveram a estabilidade da produção, apesar de todos os desafios impostos pela pandemia”, ressalta.
A empresa, inclusive, de acordo com Ribeiro, operou em todo o ano passado tendo como meta a capacidade máxima de produção. Agora, diz ele, a Cenibra foca a modernização das suas linhas de produção.
“No momento, nosso plano de investimentos está voltado para a modernização de nossas duas linhas de produção. Neste processo de modernização, trabalharemos em alguns gargalos do processo que permitirão aumentos marginais de produção e melhoria da eficiência global dos processos”, diz.
Preços – No que diz respeito aos preços praticados, Ribeiro pontua que, por mais que a demanda tenha sido alta, os preços permaneceram baixos.
“A celulose é uma commodity com preço definido pela oferta e demanda do mercado internacional. Apesar de toda a demanda em 2020, os preços estiveram muito baixos durante quase todo o ano. No momento, os preços da commodity estão em recuperação no mercado internacional”, diz ele.