Demanda deve estimular investimentos da indústria de cerâmica

17 de fevereiro de 2021 às 0h22

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Mercado aquecido para segmento tem incentivado indústrias a fazer aportes na produção | Crédito: Alisson J. Silva/Arquivo DC

O crescimento da construção civil no ano passado impulsionou o avanço de várias indústrias afins, como a de produtos de cimento e a de cerâmica, que já projeta mais altas para este ano e se prepara, inclusive, para a realização de investimentos.

Presidente do Sindicato das Indústrias da Cerâmica para Construção e Olaria do Estado de Minas Gerais (Sindicer-MG), Ralph Perrupato destaca que as expectativas são muito boas para 2021, apesar dos desafios.

O cenário positivo vem após anos de quedas, segundo Perrupato, com o setor vendo, cada vez mais, a produção diminuir e consequentemente o faturamento também cair. No entanto, uma série de fatores que marcaram o ano de 2020 ajudou a reverter todo esse quadro.

“Chegamos ao início do ano passado com várias empresas fechando por causa do mercado ruim. A produção acima da demanda forçou os preços para baixo”, conta o presidente do Sindicer-MG.

A demanda, porém, deixou de ser a mesma no ano passado, mostrando-se mais elevada e promissora.

O auxílio emergencial, medida do governo federal adotada por conta da pandemia da Covid-19, contribuiu para que muitas pessoas aplicassem o dinheiro em suas casas, fazendo um quarto a mais, por exemplo, conforme acredita Perrupato. “As pequenas construções aumentaram bastante e isso ajudou muito”, conta.

Além disso, diz ele, os juros historicamente baixos ajudaram a alavancar os números da construção civil – e consequentemente do mercado de cerâmicas – tanto para a compra dos imóveis para moradia quanto para investimento.

“Muitas pessoas utilizaram o recurso que tinham para poder aplicar na construção”, salienta o presidente do Sindicer-MG.

2021 – A tendência de que essas mesmas condições que impulsionaram o segmento no ano passado permaneçam também em 2021 é um dos motivos para que se espere mais um período de crescimento para o setor.

“As expectativas são boas. O começo do ano é sempre mais complicado por causa das chuvas, das férias, o ritmo cai, mas depois deve voltar ao normal”, afirma o presidente do Sindicer-MG.

Nesse cenário, segundo Perrupato, muitos já estão melhorando suas fábricas, após anos de baixas e até de sucateamento. “Existirão investimentos, como os relacionados ao aumento de equipamentos”, diz ele.

O aumento do número de equipamentos, inclusive, deve ocorrer por causa de um desafio que o setor vive atualmente: a concorrência.

“A ideia é que as empresas aumentem a produção, ganhem escala, para que consigam oferecer ao mercado um produto bom com custo baixo”, afirma Perrupato.

Além disso, o presidente do Sindicer-MG acredita que alguns desafios vividos no ano passado, como a falta de embalagens, tenham ficado para trás.

“Tivemos dificuldades com itens à base de plástico, mas isso deu para ser contornado. A situação já está se resolvendo, já tem empresas fazendo entregas”, conta ele.

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