Energisa avalia as próximas privatizações

15 de maio de 2021 às 0h15

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Crédito: Divulgação

São Paulo – A mineira Energisa vai avaliar oportunidades de expansão que serão geradas por privatizações de ativos de energia nos próximos meses, em meio a uma intenção de seguir crescendo no setor de transmissão e voltar a ter presença maior em geração, disseram executivos do grupo na sexta-feira (14).

Entre negócios no radar da companhia, que opera 11 concessionárias de distribuição pelo País, está a venda de operações da estatal gaúcha CEEE, prevista para ocorrer ainda este ano.

O presidente da Energisa, Ricardo Botelho, disse que tem avaliado “com muito carinho” possíveis operações na área de transmissão, incluindo o braço da CEEE no setor, a CEEE-T.

“É um ativo interessante a CEEE-T, e também vamos olhar a parte de geração (da estatal)”, afirmou, durante teleconferência com investidores sobre resultados do primeiro trimestre.

De outro lado, a companhia tem buscado viabilizar projetos eólicos e solares que poderiam representar um investimento total de R$ 1,2 bilhão, acrescentou ele.

A Energisa chegou a disputar leilões de energia realizados pelo governo com esses empreendimentos, mas não saiu vitoriosa, a agora avalia tentar tocar os negócios com a venda da produção futura no mercado livre de eletricidade.

O diretor financeiro, Mauricio Botelho, disse que a empresa está “redesenhando” sua estratégia nesse sentido, provavelmente aproveitando sua unidade de comercialização de energia para tentar fechar as vendas.

“Acredito que essa combinação, junto com a comercializadora, possibilite… sermos mais agressivos aí nesse segmento.”

Ele disse ainda que o retorno ao setor de geração, no qual a Energisa já investiu em ocasiões anteriores, mas depois vendeu os ativos, seria interessante por possibilitar «diversificação» para a companhia.

Por outro lado, os executivos disseram que a Energisa não deve entrar na disputa pela privatização da distribuidora de energia CEA, do Amapá, que o governo federal busca viabilizar, mas ainda não tem data definida.

Commodities – Os executivos também comentaram que a Energisa tem visto elevações de preços de diversos produtos necessários a suas operações devido ao atual momento de alta nas cotações das commodities no mercado internacional, o que tem feito a empresa até segurar algumas compras.

“Uma das preocupações que nós temos aqui no momento é exatamente esse aumento das commodities em geral, isso pode influenciar bastante aqui o custo de materiais e acaba tendo alguma influência em serviços”, afirmou o CFO, Mauricio Botelho.

“Estamos experimentando aqui alguns incrementos de custos unitários, que influenciam até o Capex (investimento), até postergamos algumas compras para ver se os preços se acomodam um pouco”.

Ao final da teleconferência, no entanto, o executivo acrescentou que um aumento de preços das commodities pode também gerar efeito positivo para a companhia, que atua em áreas geográficas importantes para o agronegócio. (Reuters)

Cemig registra lucro de R$ 422,3 mi

São Paulo – A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) registrou lucro líquido de R$ 422,35 milhões entre janeiro e março de 2021, revertendo prejuízo líquido de R$ 68,13 milhões apurado no mesmo período de 2020.

O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) saltou 133,25% em comparação anual, para R$ 1,845 bilhão, segundo divulgação da companhia na sexta-feira (14).

O Ebitda ajustado, que exclui efeitos extraordinários, foi de R$ 1,657 bilhão, alta de quase 23% ano a ano.

A Cemig disse que os números refletem basicamente o aumento das receitas neste ano e a comparação com um trimestre de 2020 em que o Ebitda foi afetado negativamente em cerca de R$ 609 milhões pela desvalorização da participação detida na elétrica fluminense Light.

Neste ano, a companhia mineira decidiu se desfazer inteiramente da fatia na Light, o que foi efetivado em janeiro por meio da venda de ações em uma oferta pública que levantou R$ 1,37 bilhão.

A Cemig disse que, como resultado da operação, reconheceu um ganho antes de tributos de R$ 108,55 milhões, ao considerar como custo o valor registrado do ativo, que vinha sendo classificado como “mantido para venda” em seu balanço.

A receita líquida da Cemig no primeiro trimestre somou R$ 7,1 bilhões, contra R$ 6 bilhões no mesmo período de 2020.

Os custos e despesas operacionais, por sua vez, totalizaram R$ 5,7 bilhões, acima dos R$ 5 bilhões no ano anterior.

Em relação ao mercado elétrico, a Cemig registrou redução de 1,73% na quantidade de energia vendida no trimestre, com diminuição de 13,82% na energia comercializada com consumidores comerciais, em meio a impactos da pandemia, e no mercado cativo. Houve ainda queda de 15,77% no suprimento a outras concessionárias de energia. (Reuters)

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