Estimativa para crescimento do PIB tem a 17ª redução e vai a 0,87%

25 de junho de 2019 às 0h04

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Crédito: Enildo Amaral/BCB

Brasília – A estimativa do mercado financeiro para o crescimento da economia segue em queda. É o que mostra o boletim Focus, resultado de pesquisa semanal junto a instituições financeiras, feita pelo Banco Central (BC) e divulgada às segundas-feiras, em Brasília.

A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – desta vez foi reduzida de 0,93% para 0,87%. Esta foi a 17ª redução consecutiva.

A expectativa das instituições financeiras é de que a economia tenha crescimento maior em 2020. A estimativa é de 2,20%, a mesma da semana passada. A previsão para 2021 e 2022 permanece em 2,50%.

Inflação – A estimativa de inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu de 3,84% para 3,82% este ano, na quarta redução seguida.

A meta de inflação de 2019, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.

A projeção para 2020 caiu de 4% para 3,95%. A meta para o próximo ano é de 4%, com intervalo de tolerância 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Para 2021, o centro da meta é 3,75%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. O CMN ainda não definiu a meta de inflação para 2022. A previsão do mercado financeiro para a inflação em 2021 e 2022 permanece em 3,75%.

Selic – Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, mantida em 6,5% ao ano, na última semana, pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Ao final de 2019, as instituições financeiras esperam que a Selic esteja em 5,75% ao ano, a mesma perspectiva da semana passada.

Para o fim de 2020, a expectativa é de que a taxa básica volte para 6,5% ao ano, e, no fim de 2021, chegue a 7,5% ao ano.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Quando o Comitê de Política Monetária aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. (ABr)

Governo deve revisar projeção para baixo

Brasília – O governo está revendo sua expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano para “provavelmente abaixo” da estimativa atual, de 1,6%, disse ontem o subsecretário de política fiscal da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, Marco Cavalcanti.

Cavalcanti afirmou ainda que a nova estimativa deve se aproximar da que consta no boletim Focus, do Banco Central, que em sua edição mais recente traz expectativa de expansão de 0,87% para a economia em 2019.

O subsecretário também falou que provavelmente a nova grade de parâmetros da Secretaria de Política Econômica (SPE) deve ser divulgada antes do próximo Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, previsto para julho.

Cavalcanti ressalvou, contudo, que tanto a divulgação dos parâmetros quanto a da projeção para o PIB ainda estão sendo estudadas.

“Deve divulgar antes, possivelmente, está sendo estudada a melhor forma de divulgação da grade de parâmetros da SPE. Então não sei te precisar ainda a data, ainda está sendo pensada, mas possivelmente vai ser divulgada antes do relatório”.

Em maio, o governo reduziu para 1,6%, de 2,2%, a expectativa de crescimento do PIB em 2019. (Reuters)

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