Estudo identifica metais encontrados naturalmente na bacia do rio Paraopeba

1 de setembro de 2020 às 0h07

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Créditos: Heldner Costa/CMBH

Recentemente o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) publicou o caderno especial “Acompanhamento da Qualidade das Águas do Rio Paraopeba”. O trabalho teve como foco a análise da qualidade das águas e sedimentos, realizadas a partir do dia 25 de janeiro de 2019, quando a barragem de rejeito no complexo da Mina Córrego Feijão (B1) rompeu no ribeirão Ferro-Carvão, que faz parte da bacia do rio Paraopeba.

De acordo com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), essa publicação do Igam vem confirmar o que apontou o estudo Avaliação: Qualidade das águas no rio Paraopeba de 2000 a 2018 e após o rompimento da Barragem da Mina do Feijão em Brumadinho, que a Fiemg encomendou à empresa Consultoria e Gestão Ambiental (IB).

O trabalho mostra que metais como ferro, alumínio e manganês são encontrados, naturalmente, na Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba. O objetivo da pesquisa, utilizando dados oficiais, foi verificar quais são os agentes que estão contribuindo para a presença desses metais ao longo da bacia.

Após um ano de rompimento da barragem, o trabalho do Igam mostra que não existe contaminação por tóxicos nas águas da barragem de Três Marias, proveniente do rejeito advindo do rompimento da barragem B1 da Mina do Feijão em Brumadinho. Demonstra ainda que a presença de contaminantes tóxicos na calha do Paraopeba, não tem como única fonte os rejeitos provenientes do rompimento.

A existência de ferro, manganês e alumínio, apesar de presente no rejeito, já se fazia presente nos sedimentos do rio Paraopeba, apresentando índices superiores ao limite legal mesmo antes de janeiro de 2019, conforme monitoramento da qualidade das águas a montante do rompimento e na série histórica em toda calha do rio Paraopeba. Os parâmetros dos contaminantes tóxicos, cadmio, cobre, cromo, níquel e zinco, já aparecem na série histórica e em alguns casos já a montante de Brumadinho.

O chumbo e mercúrio também aparecem, mas em violações aleatórias e pouco frequentes, sendo que os maiores valores acontecem somente em períodos de chuva, tanto na série histórica quanto pós rompimento”, observa o gerente de Meio Ambiente da Fiemg, Wagner Soares.

“A conclusão é que é necessário aprofundar os estudos no sentido de identificar outros motivos de ocorrência e buscar solução para a qualidade das águas do Rio Paraopeba”, ressalta Soares.

A Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba ocupa 2,5% de Minas Gerais, que corresponde a 13.643 Km², distribuído em 48 municípios.

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