Faturamento do setor de atacadistas e distribuidores avança 4,29% em 2020

2 de fevereiro de 2021 às 0h21

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CREDITO:ALISSON J. SILVA

As estimativas preliminares do setor atacadista e de distribuição nacional apontam para um crescimento de 4,29% no faturamento do setor em 2020, se comparado com 2019, quando  chegou a R$ 273,5 bilhões. Segundo os dados iniciais, a alta foi promovida pela maior demanda vinda dos pequenos e médios supermercados de bairros. De acordo com a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), mesmo sem os números fechados, o movimento de avanço também foi registrado nos estados, inclusive em Minas Gerais. 

Para 2021, a expectativa é repetir o crescimento de 2020, que foi considerado muito positivo. De acordo com o presidente da Abad, Leonardo Miguel Severini, apesar da pandemia, o setor atacadista e de distribuição de produtos alimentícios teve a demanda alavancada durante 2020. 

Segundo a pesquisa da Abad feita com um grupo representativo de empresas do setor, em parceria com a Fundação Instituto de Administração (FIA), o crescimento de janeiro a dezembro de 2020 de 4,29%, em relação ao mesmo período de 2019, foi impulsionado pela maior presença do consumidor no varejo de vizinhança. Os dados consolidados do setor ainda serão divulgados. 

Para Severini, com a pandemia, a população buscou mais pelos supermercados de bairro, que são de porte pequeno e médio e são também os mais atendidos pelos atacadistas e distribuidores. O pagamento do auxílio emergencial, feito pelo governo federal, também foi um importante fator que ajudou a alavancar a demanda por produtos. 

“O aumento da demanda, que contribuiu para o crescimento do faturamento do setor, ocorreu porque o setor de distribuição e atacado de produtos alimentícios é muito focado nos comércios menores, como as mercearias e supermercados de pequeno e médio portes. Com a pandemia, as pessoas passaram a demandar mais produtos para consumo no lar e dando preferência ao comércio nos bairros e mais próximos às residências. Além disso, o auxílio emergencial também foi positivo e fez com que a população continuasse consumindo”, explicou.

Ainda segundo Severini, a maior procura dos pequenos e médios supermercados foi importante para reduzir o impacto provocado pela queda nos pedidos dos bares, restaurantes e hotéis, por exemplo, que tiveram o funcionamento muito comprometido pelas medidas de isolamento social para evitar a proliferação da Covid-19. 

“Apesar de todos os desafios, 2020 foi positivo para o setor. Comemoramos esse resultado, mas é importante ressaltar que foi um ano muito difícil, quando muitas famílias perderam entes queridos e muitos empresários perderam os negócios devido à pandemia”, disse.

Estados – Mesmo sem citar os dados por estado, Severini destaca que o desempenho do setor nos estados foi positivo. “A demanda proveniente dos pequenos e médios supermercados foi maior, inclusive em Minas, o que ajudou o setor a encerrar o ano com alta no faturamento. Cito, como exemplo, a minha empresa (Atacados Vila Nova), onde conseguimos concluir 2020 com crescimento de dois dígitos, o que é atípico. Mas, em geral, os resultados foram positivos”. 

Para 2021, a expectativa é de novo crescimento do setor. O avanço da vacina contra a Covid-19 e a retomada econômica devem favorecer os negócios. A estimativa inicial é encerrar o ano, pelo menos, repetindo o crescimento de 2020.   

“Esperamos que a situação do País esteja mais normalizada já no segundo semestre, o que será muito importante para o setor atacadista e de distribuição manter o crescimento”.

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