IPCA-15 registra alta de 1,34% na RMBH neste mês

26 de novembro de 2021 às 0h29

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Crédito: Charles Silva Duarte / Arquivo DC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) teve um aumento de 1,34%, em novembro, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. É o maior valor desde junho de 2018, quando o IPCA-15 foi de 1,37%. O índice para a RMBH foi o quarto mais alto entre as 11 áreas pesquisadas – ficou menor apenas do que em Goiânia (1,86%), Salvador (1,47%) e Fortaleza (1,35%). 

No País, a variação mensal foi de 1,17%, a maior desde novembro de 2002. Já as variações acumuladas em 12 meses foram de 10,55% na RMBH, o quinto menor resultado entre as áreas pesquisadas, e de 10,73% no Brasil. Em outubro, o IPCA-15 na RMBH havia sido de 1,17%.

Em novembro, os grupos que mais pressionaram a inflação na RMBH foram Transportes (3,72%), Artigos de Residência (1,46%), Alimentação e Bebidas (0,98%), Habitação (0,95%), Despesas Pessoais (0,65%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,46%), Vestuário (0,40%) e Comunicação (0,30%). Um único grupo apresentou deflação: Educação (-0,06%).

O IPCA-15 é considerado uma prévia da inflação mensal. Geralmente é medido entre os dias 16 do mês anterior e o dia 15 do mês de referência. E abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários-mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e do município de Goiânia.

Gasolina impulsiona o índice

A gasolina subiu 7,47% e mais uma vez foi o item que teve aumento mais relevante na RMBH, provocando o maior impacto individual no mês de novembro, de 0,50 pontos percentuais. No mesmo grupo da gasolina, tiveram alta o transporte por aplicativo (21,37%), etanol (10,23%), seguro voluntário de veículos (8,82%), conserto de automóvel (2,41%), automóvel novo (2,05%) e automóvel usado (1,04%).

Já a alta no grupo de Alimentação e Bebidas (0,98%) foi provocada principalmente pelos aumentos dos preços do tomate (13,19%), das hortaliças e verduras (10,63%), da cerveja (4,22%), do pão francês (3,03%) e do frango em pedaços (2,84%). Na Habitação (0,95%), destacam-se o reajuste do gás de botijão (4,87%), condomínio (2,96%) e aluguel residencial (0,92%).

De acordo com o coordenador da pesquisa do IPCA-15 em Minas, Venâncio da Mata, ‘’qualquer aumento da gasolina tem impacto relevante porque o consumo é muito grande, o que puxou também o valor do transporte por aplicativo. A gente sabe que se o barril de petróleo e o dólar continuarem subindo, haverá reflexos no valor dos combustíveis, devido à política de preços da Petrobras. Além disso, o IPCA-15 também foi pressionado pelos aumentos do gás de cozinha, tomate e outros alimentos’’.

Elevações e reduções

Os cinco produtos que tiveram maior alta de preço em novembro, segundo o IPCA-15 do IBGE, foram: laranja lima (23,73%), transporte por aplicativo (21,37%), alface (13,46%), brócolis (13,44%) e cebola (13,34%).

Já os cinco itens que sofreram maior queda de preço são:  passagem aérea (-8,13%), banana prata (-7,65%), mamão (-6,54%), manga (-5,74%) e leite longa vida (-4,94%).

“A questão da alimentação é sazonal, depende da safra, das questões climáticas, é comum haver estas variações. De toda forma, é um grupo que tem impacto na inflação porque é de grande consumo’’, diz Venâncio da Mata.

Questionado se acha que o País está perdendo o controle da inflação, o coordenador da pesquisa do IPCA-15 em Minas disse que ‘’a gente percebe que está tendo aumento da taxa de juros para tentar controlar a inflação. Não temos condições de afirmar o que vai acontecer daqui pra frente. Na questão da política monetária, é tentar desaquecer a economia’’.

Em relação à inflação de novembro, que será divulgada no início de dezembro, Venâncio da Mata afirma que ‘’as liquidações da Black Friday podem puxar os números para baixo, caso realmente haja descontos. Quando consolidarmos os índices, a gente vai conseguir identificar se os preços realmente caíram’’, afirmou.

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