Petrobras comemora decisão do STF sobre venda de ativos

8 de junho de 2019 às 0h04

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Crédito: Sergio Moraes/Reuters

Rio de Janeiro – O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, considerou “esplêndida” a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de liberar a venda do controle acionário de subsidiárias de empresas públicas e sociedades de economia mista sem necessidade de aval legislativo ou processo de licitação.

Castello Branco disse que a decisão, tomada pelo STF na quinta-feira (6), mostra que as instituições do País são fortes e funcionam para garantir o cumprimento da lei.

“O STF aprovou ontem (quinta-feira) o que era esperado, e isso, sem dúvida nenhuma, é uma vitória do Brasil, não apenas da Petrobras. Mostra que o Brasil tem ambiente amigável para a realização de investimento, seja por parte de investidores brasileiros ou de outros países”.

Ele enfatizou que a decisão é muito importante para a Petrobras, porque os recursos obtidos com a venda de ativos serão usados para a redução de dívidas e para fortalecer os investimentos em petróleo e gás.

Castello Branco ressaltou que a produção de petróleo na Petrobras estagnou nos dez últimos anos, embora a empresa tenha capital humano altamente qualificado, tecnologia e ativos de classe mundial.

“No lugar de investirmos na expansão da produção de petróleo e gás, desperdiçamos recursos com projetos bilionários que nada acrescentaram, além de prejuízos, vendendo ilusões da criação de milhares de empregos, que acabaram sendo temporários, causando enorme prejuízo ao País”, afirmou.

De acordo com o presidente da Petrobras, as vendas de subsidiárias não significam privatizações, nem desmonte da companhia.

“Não estamos promovendo nenhum desmonte da Petrobras. Pelo contrário, estamos fortalecendo-a na sua função principal, que é a produção de petróleo e gás, aproveitando o que temos de melhor, aproveitando uma riqueza natural muito importante de nosso País”.

Ele adiantou que já está anunciada a venda da Liquigás, que atua na distribuição de gás liquefeito de petróleo.

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, também considerou a decisão do STF importantíssima para o País.

“Em outras oportunidades, eu disse que estávamos aguardando com tranquilidade essa decisão do STF, que vai ser fundamental para o desenvolvimento do País. Mais do que isso, é a segurança jurídica para os investidores. E também a previsibilidade, uma coisa que temos trabalhado muito no ministério, organizando os leilões”, disse o ministro.

Com isso, a Petrobras e outras empresas poderão fazer os seus desinvestimentos e os reinvestimentos para atuar naquilo que acham que é melhor para a sua carteira de negócios, acrescentou Albuquerque.

Abertura de mercado – O ministro destacou que o País está abrindo o mercado de combustíveis e de gás e adiantou que o modelo para o novo mercado de gás será apresentado na Câmara dos Deputados no fim deste mês.

“O CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) deu prazo de 60 dias para o grupo de trabalho. Esse trabalho já está sendo finalizado e deve ser apresentado no fim de junho na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados e depois na Comissão de Infraestrutura do Senado”.

Na sexta-feira (7), o ministro Bento Albuquerque e o presidente da Petrobras conversaram com a imprensa após participarem da cerimônia de lançamento do Programa Integrado de Proteção de Dutos (Pró-Dutos), para prevenir furto de combustíveis na malha de oleodutos da Transpetro. (ABr)

Demanda global deve subir 1,6% ao ano

Paris – A demanda global por gás deverá crescer a uma taxa de 1,6% ao ano até 2024, impulsionada pelo consumo chinês, que representará mais de um terço do crescimento da demanda durante o período, disse, na sexta-feira (7), a Agência Internacional de Energia (IEA).

O esforço da China para deixar o carvão em prol do gás na geração de energia e em residências, visando a melhorias na qualidade do ar, em sua iniciativa de “céu azul”, desempenhará papel importante no avanço da demanda, disse a IEA.

O crescimento da demanda chinesa por gás é visto a uma taxa média de 8%, um recuo em relação ao nível de crescimento de dois dígitos nos últimos anos, à medida que sua economia desacelera, mas ainda assim o país representaria cerca de 40% do aumento da demanda global nos próximos anos, afirmou Keisuke Sadamori, diretor de Mercados de Energia da IEA.

A região da Ásia-Pacífico permanecerá como a maior fonte de crescimento no consumo de gás a médio prazo, com uma taxa média de 4% ao ano, e representará cerca de 60% do avanço total no consumo até 2024.

Segundo relatório anual do mercado de gás da IEA, as demandas domésticas nos Estados Unidos, Oriente Médio e Norte da África contribuirão para o crescimento da procura, enquanto o avanço na Europa será beneficiado pelo fechamento de usinas de carvão e nucleares, devendo ser limitado pela expansão das renováveis e pela menor demanda por aquecimento.

O setor industrial deverá ser uma importante fonte para o crescimento, representando quase metade do avanço mundial e substituindo a geração de energia como principal alavanca para o crescimento. (Reuters)

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