Petrobras mantém o foco na venda de ativos, afirma Silva e Luna

27 de julho de 2021 às 0h15

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Crédito: REUTERS/Sergio Moraes

Rio – A Petrobras permanece focada em venda de ativos e desalavancagem, em busca de cumprir cronograma acertado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), informou ontem o presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna, a analistas de mercado, conforme relatório do Goldman Sachs.

Durante a reunião, segundo o banco, Luna reiterou seu compromisso de reduzir a dívida bruta para abaixo de US$ 60 bilhões, sem mencionar prazos, o que desencadearia o pagamento de dividendos significativamente acima dos períodos recentes.

Em maio, executivos da empresa haviam mantido meta de reduzir a dívida bruta da companhia para US$ 67 bilhões em 2021 e US$ 60 bilhões em 2022.

Durante a reunião, Luna disse aos analistas que cada refinaria à venda estava em uma fase diferente do processo para o desinvestimento, segundo o Goldman.

“Do ponto de vista de estimativa de valoração, a empresa apontou uma divergência entre a empresa e os participantes do mercado em alguns casos, já que a Petrobras vê as refinarias à venda de forma integrada com o restante de suas operações, enquanto um potencial comprador vê a refinaria como um ativo autossuficiente”, disse o relatório do banco, sem dar detalhes.

Luna também reafirmou que os preços dos combustíveis vendidos pela companhia permanecem seguindo valores internacionais e que a empresa está evitando passar volatilidade de curto prazo ao mercado interno, segundo o Goldman.

A companhia também está trabalhando no novo plano de negócios estratégico para o período 2022-2026. Segundo Luna, não são esperadas mudanças significativas no caminho que a empresa tomou nos últimos anos, considerando processo de desalavancagem, gestão de portfólio, vendas de ativos, dentre outros, disse o banco.

Conselho – A Petrobras publicou ontem edital de convocação para uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) a ser realizada em 27 de agosto, às 15h, para eleição de oito membros ao conselho de administração da companhia, além do presidente do colegiado e de um membro titular do Conselho Fiscal.

O movimento ocorre após a renúncia do conselheiro Marcelo Gasparino da Silva, representante de minoritários, que havia sido eleito por meio de processo de voto múltiplo em assembleia ocorrida em 12 de abril.

A renúncia de Gasparino forçou a realização de um novo pleito para os oito conselheiros eleitos por voto múltiplo, de um total de 11 membros do colegiado.

“A despeito de haver previsão legal e estatutária para preenchimento de substituto por nomeação do conselho de administração até que fosse realizada uma próxima AGE, em vista de ter recebido de acionistas minoritários pedidos de convocação de Assembleia Geral para nova eleição dos oito conselheiros eleitos… o conselho de administração decidiu proceder à presente convocação”, indicou documento publicado pela estatal.

A eleição de membro titular do Conselho Fiscal prevista para a assembleia também ocorre por causa de renúncia – no caso, apresentada no início deste mês pelo conselheiro fiscal titular indicado pelo Tesouro Nacional. Um membro titular e seu suplente serão eleitos para completar o mandato em curso.

Tanto minoritários quanto o governo já realizaram indicações para os cargos no conselho de administração da empresa. (Reuters)

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