Prefeito convoca entidades lojistas para discutir nova flexibilização

14 de julho de 2020 às 0h19

img
Kalil marcou reunião para amanhã com representantes do comércio de BH | Crédito: Amira Hissa/PBH

Há exatos 114 dias com algum tipo de restrição no funcionamento das atividades econômicas, Belo Horizonte pode voltar à flexibilização das medidas de distanciamento social em combate ao Covid-19 na próxima semana.

O prefeito Alexandre Kalil (PSD) convocou representantes de diferentes setores comerciais para uma reunião amanhã (15) em vistas a discutir protocolos de reabertura.

Em pronunciamento ao vivo, nas redes sociais, Kalil pediu desculpas aos comerciantes da Capital e disse que ele e sua equipe estão muito preocupados com o emprego e os empresários da cidade.

“Não adianta fazer pressão. Não vou levar para minha vida a morte (das pessoas). E a morte está cada vez mais perto. O doente agora é seu vizinho, seu amigo e seu conhecido e está chegando muito próximo da gente. Mas nossos números já estão melhorando e vão melhorar mais. A guerra não acabou, mas está caminhando para acabar”, afirmou.

O prefeito convidou as entidades de classe para o encontro de amanhã, quando os empresários, o líder do Executivo e o Comitê de Enfrentamento à Epidemia do Covid-19 da prefeitura discutirão sobre os protocolos de flexibilização das atividades na capital mineira.

“Os protocolos estão ficando prontos. Nós não pensamos em outra coisa a não ser em reabrir esta cidade. Mas quando vemos São Paulo com mais de 8 mil mortes, Rio de Janeiro com 7 mil, Vitória com 296 e Belo Horizonte com 270 óbitos, vemos que copiamos o que o mundo inteiro está fazendo. Quem abriu antes da hora está registrando aumentos”, analisou.

O prefeito falou ainda sobre a abertura de leitos, citando que, ontem, mais 20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) foram liberados na Capital. “No início da pandemia, eram 80 leitos exclusivos. Agora estamos atingindo 390”, completou.

De acordo com o último boletim epidemiológico da PBH, Belo Horizonte tem, até o momento, 270 óbitos pela doença e 10.618 casos confirmados. Em termos de leitos, 89% das UTIs para Covid-19 estão ocupadas e 75% das enfermarias voltadas para a doença também – estes índices são levados em consideração pelo comitê na decisão de flexibilizar ou não as medidas de distanciamento social, assim como o índice de transmissão do vírus.

Boas expectativas – O presidente do Sindicato de Lojistas de Belo Horizonte (Sindilojas-BH), Nadim Donato, comemorou a convocação por parte do prefeito e disse que as expectativas são boas. Segundo ele, inicialmente, o encontro estava marcado para quinta-feira (16).

“A expectativa é boa, porque antecipou. O Sindilojas participou da elaboração de todos os protocolos apresentados ao comitê: sejam as propostas de horários de abertura e fechamento por atividade, da Galeria Ouvidor, ou a última sugestão de abertura por quatro dias da semana e fechamento por três”, recordou.

As demais entidades representantes do comércio também foram procuradas pela reportagem. A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) não quis comentar o assunto e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) disse que ainda não foi convocada para a reunião.

A flexibilização na Capital teve início no dia 25 de maio, quando o prefeito autorizou a retomada das primeiras atividades. No entanto, diante do aumento do número de casos e ocupação excessiva dos leitos hospitalares, voltou à fase 0 no fim de junho, quando no dia 29, os demais setores foram novamente proibidos de funcionar.

Desde o início da reabertura, o Comitê de Enfrentamento apresenta, semanalmente, balanço da situação epidemiológica e os próximos passos do plano de flexibilização. Com o recuo anunciado pelo prefeito no fim de junho, porém, os anúncios deixaram de acontecer. O último encontro de Kalil e os membros do comitê com representantes de diversos segmentos empresariais de Belo Horizonte ocorreu no dia 2 de julho.

Multa começa a valer a partir dessa terça-feira

A partir dessa terça-feira (14), quem sair às ruas de Belo Horizonte sem usar máscara ou cobertura facial sobre o nariz e boca será multado em R$ 100.

O prefeito Alexandre Kalil sancionou, ontem, o Projeto de Lei 969/2020, que traz a penalidade para o cidadão que descumprir a determinação da Prefeitura. O texto da Lei 11.244/2020 seria publicado na edição de hoje do Diário Oficial do Município.

A aplicação da multa será feita pela equipe de fiscalização da Prefeitura ou pela Guarda Municipal. O cidadão que for flagrado sem o uso da máscara será orientado a colocar o acessório.

Em caso de desobediência, ele será notificado a apresentar de forma imediata os documentos para que o fiscal ou o guarda possa emitir a multa.

As pessoas em situação de rua que não estiverem utilizando máscara estão dispensadas da multa, mas receberão o acessório das equipes que estarão nas ruas realizando as ações.

A legislação também prevê sanções para estabelecimentos que permitirem a entrada ou permanência de pessoas que não estiverem usando a máscara ou cobertura facial sobre o nariz e boca.

É necessário ainda orientar sobre o número máximo de pessoas permitido ao mesmo tempo no local. O descumprimento das regras poderá gerar o recolhimento ou suspensão do Alvará de Localização e Funcionamento. (Com informações da PBH)

Facebook LinkedIn Twitter YouTube Instagram Telegram

Siga-nos nas redes sociais

Comentários

    Receba novidades no seu e-mail

    Ao preencher e enviar o formulário, você concorda com a nossa Política de Privacidade e Termos de Uso.

    Facebook LinkedIn Twitter YouTube Instagram Telegram

    Siga-nos nas redes sociais

    Fique por dentro!
    Cadastre-se e receba os nossos principais conteúdos por e-mail