Rodoil prevê disputa de novos agentes no Brasil

3 de outubro de 2018 às 0h01

Rio de Janeiro – Agora sócia da trading global Vitol, a distribuidora de combustíveis do Sul do país Rodoil quer abocanhar fatia maior do mercado brasileiro, ao mesmo tempo em que prevê mais competição no setor com a chegada de novos agentes, disse o principal executivo da companhia.

O negócio entre a trading holandesa e a distribuidora sulista, anunciado na véspera, vem cerca de um mês depois da conclusão da compra de 78% da Ale Combustíveis pela suíça Glencore, que concorre globalmente com a Vitol, em um mercado dominado por poucas companhias no Brasil que deve receber novas multinacionais em breve, avaliou o presidente da Rodoil, Roberto Tonietto.

No negócio, a Vitol adquiriu 50% da Rodoil, que tem a maior participação dentre as empresas regionais do Sul do Brasil, com 6,7 %, perdendo na região para as grandes BR Distribuidora, controlada pela Petrobras, Raízen, uma joint venture da Shell com a Cosan, e Ipiranga, do Grupo Ultra.

“A negociação durou uns seis meses, nós já havíamos sendo sondados por algumas empresas”, revelou Tonietto, sem revelar os valores da aquisição.
Com base no bom interesse na Rodoil, ele acredita que outras companhias internacionais poderão ainda investir no setor de distribuição no País, trazendo capital e experiência para contribuir com uma consolidação das menores empresas.

A porta de entrada para estrangeiras, segundo Tonietto, foi aberta após o Cade ter vetado, no ano passado, a compra pela Ipiranga da Ale, que acabou tendo uma participação majoritária adquirida pela Glencore, uma das maiores tradings de commodities do mundo.

“O setor de combustíveis tem as três grandes e naturalmente elas estavam consolidando as menores. Com a decisão do Cade… ficou um nicho nesse mercado que as empresas de fora vieram para preencher… Então acredito que três ou quatro empresas menores devem tomar posição de consolidar outras com apoio de empresas de fora”, disse Tonietto.
O executivo ponderou, no entanto, acreditar que o mercado terá distribuidoras menores mais fortalecidas e estruturadas, mas não do tamanho das maiores.

No caso da Rodoil, Tonietto reafirmou em entrevista que em um primeiro momento irá buscar crescer no Sudeste e Centro-Oeste, além de se fortalecer no Sul. Atualmente a empresa tem mais de 300 postos com sua marca e fornece para outros 1.400 postos. (Reuters)

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