Saldo de empregos tem queda de 47% nas MPEs

7 de maio de 2021 às 0h25

img
Crédito: Freepik

Apesar de continuar positivo, o saldo de empregos nos pequenos negócios mineiros caiu quase pela metade em março na comparação com fevereiro, apresentando um recuo de 47%. Enquanto no segundo mês do ano o saldo era de 32.988 vagas no setor em Minas Gerais, o número baixou para 17.346 no mês seguinte.

Mesmo assim, Belo Horizonte foi a segunda cidade do Brasil com o maior saldo de empregos nos pequenos negócios no mês de março (1,8 mil). À frente, ficou apenas o Rio de Janeiro (3,3 mil).

Os números pertencem a um levantamento feito pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas) com as informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

De acordo com a analista da unidade de inteligência empresarial do Sebrae Minas, Gabriela Martinez, o recuo observado em março está relacionado aos efeitos da pandemia da Covid-19, diante do fechamento das atividades no período.

“O principal motivo é a pandemia. A questão do fechamento das atividades em meados de março gerou impactos”, diz ela.

Gabriela Martinez lembra que a situação é semelhante ao que aconteceu na mesma época do ano passado. Quando a pandemia se intensificou no Brasil e no Estado em meados de março de 2020, a paralisação das atividades no período também teve impacto nos números, inclusive gerando diversas demissões.

Diante desse cenário, aliás, os dados do Sebrae Minas ainda revelam que no último mês de março, na comparação com fevereiro, houve um aumento de 14% na taxa de demissões nos pequenos negócios mineiros. Por outro lado, houve queda de 8% na taxa de admissões.

Os números são bem diferentes dos verificados em janeiro e em fevereiro, quando a taxa de demissões nos pequenos negócios mineiros caiu 3% e 4%, respectivamente, e a de admissões subiu 14% e 17%.

“Esse comportamento de diminuição do saldo de empregos acende um alerta principalmente porque as atividades não funcionaram praticamente durante todo o mês de abril”, diz Gabriela Martinez, lembrando que, nesse cenário, quedas ainda poderão ser vistas.

Saldo por setores

Os dados divulgados pelo Sebrae Minas ainda mostram que o setor de serviços foi o que apresentou o maior saldo de empregos no mês de março em Minas Gerais (6,5 mil). No entanto, o número representa queda de mais de 30% na comparação com fevereiro.

Já comércio, indústria e construção civil apresentaram praticamente o mesmo saldo de vagas (aproximadamente 3 mil cada). Entretanto, tanto o comércio quanto a indústria registraram um recuo no saldo de cerca de 60%.

O único setor que teve incremento no mês de março em Minas Gerais foi a agropecuária. Em fevereiro, o segmento contava com um saldo de empregos nos pequenos negócios de mil vagas e, no mês seguinte, de duas mil vagas.

Apesar de todos os desafios de maneira geral, em médio prazo a tendência é que os números voltem a subir, de acordo com Gabriela Martinez.

“Com o retorno do funcionamento das atividades, a tendência é que os empregos se recuperem. As micro e pequenas empresas são muito dinâmicas. Elas sofrem rapidamente, mas também reagem rapidamente”, diz ela.

Além disso, Gabriela Martinez lembra que medidas governamentais, como as relacionadas ao Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), também deverão contribuir positivamente com os pequenos negócios. 

“Qualquer medida que auxilie os pequenos negócios ajuda na retomada da economia”, afirma ela.

Tags:
Facebook LinkedIn Twitter YouTube Instagram Telegram

Siga-nos nas redes sociais

Comentários

    Receba novidades no seu e-mail

    Ao preencher e enviar o formulário, você concorda com a nossa Política de Privacidade e Termos de Uso.

    Facebook LinkedIn Twitter YouTube Instagram Telegram

    Siga-nos nas redes sociais

    Fique por dentro!
    Cadastre-se e receba os nossos principais conteúdos por e-mail