Senar Minas prepara série de novidades para 2019

14 de dezembro de 2018 às 0h10

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Senar Minas vai reforçar parcerias, ampliar o ATeG e dar ênfase a cursos relevantes das principais cadeias do setor - Foto: Nathalie Guimarães

Os planos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração de Minas Gerais (Senar Minas) para 2019 são muitos e de impacto – principalmente no que se refere a dar aos produtores meios para aprimorarem sua produção e ferramentas para vendê-la. Segundo o superintendente Christiano Nascif, que está no cargo desde 1º de outubro, as mudanças estão alinhadas com o Senar Nacional e com o Sistema Faemg, visando priorizar cursos e programas em Formação Profissional Rural (FPR) e Promoção Social (PS) que tenham relevância para as principais cadeias produtivas do Estado.


“Os grandes projetos do Plano Anual de Trabalho (PAT) vão mexer na estrutura como um todo, vão mudar a cara do Sistema para algo mais moderno, mais agressivo comercialmente; vamos aproximar mais dos nossos parceiros, das entidades cooperadas, dos sindicalizados”, resume Nascif.


O estreitamento dessa relação com as entidades cooperadas vai refletir na melhoria no campo, na qualidade da demanda por eventos. Por isso o gestor destaca os investimentos em qualificar os mobilizadores, pessoas responsáveis por captar alunos e organizar as turmas dos treinamentos. “Vamos atender o público que contribui de fato para nossas ações, privilegiar quem é sindicalizado, quem é do agro, e isso começa na mobilização com o sindicato”, reforça.

Expansão da assistência técnica – Dentro da perspectiva de treinamentos com mais relevância, houve remanejamento de recursos para fortalecer a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), que, a partir de 2019, vai atuar em sete cadeias do agronegócio. O número de produtores atendidos vai saltar de 600 para quase 3.000. A seleção de técnicos de campo e de municípios já está em andamento.


O ano que vem também trará o ATeG da Agroindústria, que será desenvolvido como piloto em Minas a pedido do Senar Nacional como modelo para todo o País. “Vamos dar assistência técnica para produtores de queijos, defumados e da agroindústria artesanal de maneira geral – vamos eleger algumas cadeias para o desenvolvimento do projeto”, informa o superintendente.

Cursos e programas – O remanejamento de recursos não significa extinção de treinamentos, mas, de acordo com Christiano Nascif, eles serão feitos com mais critério. “Vamos selecionar melhor os cursos para podermos investir onde há mais relevância e resultado, que reflita em transformação para o produtor. Estamos em um momento de escassez de recursos, então temos que ter muito cuidado ao aplicar estes valores”.


Os programas especiais e cursos de média e longa duração ganharão destaque e outros serão migrados aos poucos para programas e projetos como o ATeG e Saúde da Mulher, por exemplo. “Aliado a isso, vamos fortalecer os cursos em EaD [Educação a Distância]. Já temos três polos e vamos passar para sete, oferecendo 500 vagas de cursos de tecnologia do agro à distância”, explica Nascif.


No ano que vem também será o início do funcionamento da Faculdade CNA em Minas e da construção do Centro de Excelência na Cafeicultura, em Varginha. A expectativa é que as primeiras turmas do Centro comecem em 2020. “Vamos desenvolver também o Programa CNA Jovem e já temos mineiros selecionados para as próximas etapas”, acrescenta o gestor do Senar.

Comercialização e tecnologia – O Senar Minas também vai investir pesado nas capacitações que visam à comercialização e técnicas de negociação, reconhecidos gargalos dos produtores rurais: “A capacitação que oferecemos na produção – dentro da porteira – é muito boa, mas quando eles vão para o mercado ficam desamparados e não conseguem vender os seus produtos de maneira satisfatória”, avalia o superintendente da entidade.


O projeto Do Rural à Mesa, outra aposta para 2019, também guarda relação com o assunto. Trata-se de uma parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) em que, após receberem assistência técnica do Senar Minas, horticultores da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), Zona da Mata e Campo das Vertentes terão um contrato de fornecimento de seus produtos para os restaurantes e cursos de gastronomia da entidade. “Vamos ‘amarrar’ tanto a produção como a comercialização”, resume o superintendente.


O Sistema Faemg também vai participar de iniciativas para inserir o produtor rural na tecnologia, com um projeto-piloto de inovação na agropecuária desenvolvido com parceiros que visa criar ferramentas digitais para resolver os problemas do campo.

CURSOS E PROGRAMAS PREVISTOS PARA 2019

Formação Profissional Rural:
Bovinos de leite: Alimentação – Cana com Ureia, Silagem de Cana, Sacharina, Concentrado e Mistura Mineral
Pupunha: Implantação e Tratos Culturais
Bovinos de Corte: Confinamento
Instalações Elétricas: Acionamento de Motores
Análise Sensorial e Classificação de Cachaça
Escavadeira / Retroescavadeira – Construção de Barragem Subterrânea
Doma Racional de Novilhas para Ordenha
Bovinos de Corte: Alimentação – Palma Forrageira, Mistura Mineral e Concentrado
Bovinos de leite: Alimentação – Palma Forrageira, Mistura Mineral e Concentrado
Práticas Agroecológicas
Recolhedora de Café de Arrasto – Manutenção e Operação
Pecuária de Precisão
Comercialização e Técnicas de Negociação

Promoção Social:
Boas Práticas no Abate Doméstico do Frango Caipira
Produção Artesanal de Polpa de Frutas
Fabricação e Conservação de Alimentos / Picles e Derivados do Tomate
Fabricação e Conservação de Alimentos / Frutos do Cerrado
Saúde da Mulher e Saúde do Homem
Plantas Medicinais
Organização para Atividades Coletivas
Programa Especial: S.O.S Primeiros Socorros nas Escolas

Cadeias do agronegócio atendidas pela Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) em 2019:
Apicultura
Avicultura
Bovinocultura de Leite
Café
Fruticultura
Olericultura
Piscicultura

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