Setor de serviços retoma o nível pré-pandemia em Minas Gerais

14 de julho de 2021 às 0h30

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Os serviços prestados às famílias avançaram 48% em MG com a flexibilização das medidas de restrição | Crédito: Charles Silva Duarte/Arquivo DC

Depois de apurar queda de 1% em abril frente a março, a atividade de serviços voltou a crescer em Minas Gerais. A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apurou uma elevação de 2,1% em maio na comparação com o mês anterior. Já quando comparado o resultado do quinto mês de 2021 com igual período de 2020 foi observado incremento de 26,9%, um dos mais expressivos do País.

De acordo com a supervisora de pesquisas econômicas em Minas Gerais do IBGE, Cláudia Pinelli, o resultado já representa o retorno ao patamar pré-pandemia e foi puxado pelo segmento de serviços prestados às famílias, que vinha com uma sequência de retrações, mas que com o avanço das medidas de flexibilização das atividades no Estado, nos últimos meses, tem retomado o fôlego.

“Aos poucos já vemos restaurantes, hotéis e outras atividades de serviços prestados às famílias sendo retomados e aquecidos, principalmente porque foi o segmento mais atingido durante o fechamento. Tanto é que no acumulado do ano e em 12 meses ainda continua com resultado negativo, mas a tendência é que, mantendo o retorno das atividades e com o avanço da vacinação, esse resultado vá sendo diluído”, explicou.

O desempenho do setor de serviços de uma maneira geral acumula alta de 12,6% no acumulado dos cinco primeiros meses deste ano e de 1,8% nos últimos 12 meses.

Vale destacar que os resultados por atividades em Minas Gerais, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, apontam variações positivas do volume de serviços em todas as cinco atividades investigadas: outros serviços (56,9%), serviços prestados às famílias (48%), transportes, serviços auxiliares ao transporte e correio (46,4%), serviços profissionais, administrativos e complementares (15,2%) e serviços de informação e comunicação (8,4%).

Acumulado – No acumulado de janeiro a maio, apenas o grupo de serviços prestados às famílias apresentou baixa (-10,6%). Os demais tiveram desempenho positivo e o destaque ficou por conta de outros serviços (47,7%) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (24,6%).

Da mesma maneira, no acumulado dos últimos 12 meses, o segmento de serviços prestados às famílias apresentou ainda teve queda de 28%. Já os destaques positivos com outros serviços (26,8%) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (5,5%).

Demanda dá sinais de aquecimento no País

Com a redução nos preços das passagens, o transporte aéreo registrou expansão de 60,7% | Crédito: Divulgação

São Paulo – O volume de serviços brasileiro permaneceu em trajetória de crescimento na metade do segundo trimestre e dá sinais de aquecimento com alta recorde para o mês de maio, ficando 0,2% acima do patamar pré-pandemia.

No mês, houve crescimento de 1,2% no volume de serviços em comparação com abril, máxima da série histórica para maio e praticamente em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters de ganho de 1,3%.

Depois de um avanço de 1,3% em abril, o setor acumulou alta de 2,5% nesses dois meses, porém ainda insuficiente para recuperar as perdas de 3,4% registradas em março, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados ontem.

Ainda assim, superou pela segunda vez neste ano o nível em que estava em fevereiro de 2020, antes da pandemia – em fevereiro deste ano o setor havia ficado 1,2% acima do período anterior à adoção das primeiras medidas de isolamento.

O setor de serviços segue sendo o mais afetado pelas medidas para conter a propagação do novo coronavírus.

“O setor vinha mostrando boa recuperação, mas, em março, com um novo agravamento do número de casos de Covid-19, governadores e prefeitos de diversos locais do País voltaram a adotar medidas mais restritivas. Em abril e maio, essas medidas começam a ser relaxadas e o setor volta a crescer”, explicou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

“À medida que se aproxima do patamar pré-pandemia, o setor fica mais perto da normalidade. O setor cresce em consequência da vacinação maior, especialmente aqueles que dependem do consumo presencial”, ressaltou o gerente do IBGE.

Os dados apontaram ainda ganho de 23,0% na comparação anual, contra expectativa de alta de 22,6%.

A pesquisa do IBGE mostrou que entre as cinco atividades pesquisadas, três tiveram crescimento em maio. O volume de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio cresceu 3,7% no mês.

“A expansão nos transportes tem muito a ver com a queda no preço das passagens aéreas, além do aumento da demanda por esse serviço. O transporte aéreo cresceu 60,7% em maio”, disse Lobo.

Os serviços prestados às famílias aumentaram 17,9% no mês mas estão 29,1% abaixo do período pré-pandemia; enquanto serviços profissionais, administrativos e complementares cresceram 1,0%, estando 2,7% abaixo do nível de fevereiro de 2020.

As taxas negativas em maio foram registradas em serviços de informação e comunicação (-1,0%) e outros serviços (-0,2%).

Turismo – O índice de atividades turísticas, por sua vez, registrou expansão de 18,2% em maio sobre abril, segunda taxa positiva consecutiva e acumulando no período ganho de 23,3%.

“Esse avanço recente recupera boa parte da queda de 26,5% observada em março, que foi um mês com maior número de limitações ao funcionamento de determinados estabelecimentos. Contudo, o segmento de turismo ainda necessita crescer 53,1% para retornar ao patamar de fevereiro do ano passado”, disse Lobo. (Reuters)

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