Taxa de desemprego recua para 9,4% em MG

25 de fevereiro de 2022 às 0h29

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Força de trabalho em Minas Gerais atingiu 11,34 milhões de pessoas no quarto trimestre do ano passado, segundo o IBGE | Foto: Rafael Neddermeyer / Fotos Públicas

A taxa de desocupação de Minas Gerais encerrou o último trimestre do ano passado em 9,4%, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado do Estado foi inferior ao registrado no País, que chegou a 11,1%, e representa queda de 1,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 3 pontos percentuais sobre a mesma época de 2020.

De acordo com o levantamento, a força de trabalho no Estado foi composta por aproximadamente 11,34 milhões de pessoas no fim de 2021, número estável em relação ao terceiro trimestre, porém 5,2% maior sobre o registrado no fim de 2020. O total de pessoas ocupadas nos últimos meses do ano passado foi estimado em 10,27 milhões, e o de desocupadas chegou a 1,07 milhão, no mesmo período.

A analista do IBGE Minas, Fernanda de Sousa Gerken, ressalta que, com os resultados, o número de ocupados aumentou, enquanto o de desocupados diminuiu nas duas bases de comparação. “Em relação ao terceiro trimestre, houve aumento de 1,7% da população ocupada (167 mil pessoas) e redução de 11,6% da população desocupada (140 mil pessoas a menos). Já em relação ao quarto trimestre de 2020, o total de pessoas ocupadas apresentou aumento de 8,8% no Estado (acréscimo de 831 mil pessoas), ao passo que o total de desocupados diminuiu 20,4% (274 mil pessoas a menos)”, detalha.

Assim, o nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 58,6% em Minas Gerais, aumentando 0,8 ponto percentual em relação ao terceiro trimestre e 4,2 pontos percentuais maior do que no mesmo trimestre do ano anterior.

Por outro lado, Fernanda Gerken afirma que o rendimento médio real habitualmente recebido está mais baixo tanto em âmbito nacional quanto em Minas Gerais. O valor chegou a R$ 2.220 no último trimestre de 2021, contra R$ 2.282 no terceiro trimestre e R$ 2.365 no quarto trimestre do exercício anterior. No País, o valor foi estimado em R$ 2.447.  “Os trabalhadores estão com remunerações menores”, diz.

Ainda conforme o levantamento, no fim do ano passado, a população ocupada em Minas Gerais era composta por 68% de empregados (incluindo empregados do setor público e trabalhadores domésticos), 4,5% de empregadores, 25,3% de pessoas que trabalhavam por conta própria e 2,1% de trabalhadores familiares auxiliares.

No setor privado, em Minas Gerais, excluindo-se os trabalhadores domésticos, 73,77% dos empregados tinham carteira de trabalho assinada, percentual próximo ao observado para o Brasil (73,49%). Além disso, a taxa de informalidade no quarto trimestre de 2021 ficou em 39,4% da população ocupada no Estado, um pouco abaixo da taxa estimada para o Brasil (40,7%).

Atividades 

Por fim, na análise por grupamentos de atividade econômica, a analista do IBGE Minas ressalta que apenas as atividades de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas apuraram aumento na comparação com trimestre anterior, de 5,5%. Houve variação negativa para os grupamentos de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (7,9%). E as demais não tiveram variações estatisticamente significativas.

Já em relação ao quarto trimestre de 2020, as maiores altas no total de ocupados em Minas Gerais, em termos absolutos, foram as seguintes: comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (mais 279 mil pessoas); indústria geral (mais 200 mil); construção (mais 123 mil); alojamento e alimentação (mais 111 mil).

“Nenhum grupamento de atividade apresentou queda no total de ocupados no período e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura; transporte, armazenagem e correio; informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas; administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais; outros serviços e serviços domésticos não tiveram variações estatisticamente significativas”, conclui.

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