Vendas de veículos despencam no Estado

6 de maio de 2020 às 0h19

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Em abril, a queda nas vendas de veículos novos chegou a 61,49% sobre março em MG | Crédito: Charles Silva Duarte/Arquivo DC

Em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o País, Minas Gerais e Belo Horizonte viram o número de vendas de veículos cair vertiginosamente. Em todo o Estado, as comercializações apresentaram uma queda de 61,49% em abril na comparação com março, totalizando 19.512 unidades vendidas contra 50.671.

Na Capital, na mesma base de comparação, a redução chegou a 70,87%, alcançando 9.912 comercializações no quarto mês do ano contra 34.022 em março. Os dados foram divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Os números da entidade também revelam que o recuo em Minas Gerais foi de 68,71% quando se compara as vendas de abril deste ano em relação ao mesmo período de 2019. Já quando a comparação é feita entre o acumulado de 2020, de janeiro a abril, quando foram vendidos 164.717 veículos, e o acumulado do ano passado, quando 211.248 veículos foram comercializados, a retração é de 22,03%.

A capital mineira, por sua vez, viu os números de vendas de veículos recuarem 76,98% em abril em relação ao mesmo mês de 2019. Além disso, caíram 24,23% quando a comparação é realizada entre o acumulado de 2020, de janeiro a abril, e o acumulado de 2019, com 106.539 vendas contra 140.608.

Segmentos – As comercializações de automóveis foram as que mais sofreram na passagem de março para abril no Estado, com queda de 69,40% e registrando um total de 10.715 vendas.

Logo depois vem a negociação de ônibus, com recuo de 67,09% e 77 comercializações. Em seguida, aparecem comercial leve (-55,60% e 2.660 unidades vendidas), moto (-38,87% e 4.360 unidades vendidas), outros (-33,07% e 508 unidades vendidas), caminhão (-30,11% e 708 unidades vendidas) e implemento rodoviário (-7,10% e 484 unidades vendidas).

Em Belo Horizonte, a liderança negativa também ficou para as vendas de automóveis, que recuaram 73,32% na comparação entre abril e março, totalizando 7.723 itens comercializados.

Comercial leve aparece em seguida, com queda de 63,11% e 1.350 vendas. Outros ficou com a terceira colocação (-58,62% e 12 itens vendidos), seguido por ônibus (-50% e 32 unidades vendidas), moto (-43,85% e 612 unidades vendidas) e caminhão (-31,52% e 126 unidades vendidas). Somente implemento rodoviário registrou crescimento, de 16,33% e 57 unidades comercializadas.

Já quando a mesma comparação é feita entre o acumulado deste ano, de janeiro a abril, e o acumulado de 2019, os ônibus lideram as quedas no Estado, chegando a -40,20% e 671 unidades vendidas. Posteriormente, aparecem automóveis (-26,30% e 110.541 unidades vendidas), outros (-25,42% e 2.969 unidades vendidas), moto (-13,22% e 25.816 unidades vendidas), caminhão (-12,33% e 3.272 unidades vendidas), implemento rodoviário (-9,33% e 1.758 unidades vendidas) e comercial leve (-5,06% e 19.960 unidades vendidas).

Na capital mineira, na mesma base de comparação, implemento rodoviário deu um salto de crescimento de 212,12%, chegando a 206 unidades comercializadas. Esse, porém, não foi o único número positivo. Caminhão (3,21%) e comercial leve (1,06%) totalizaram 546 e 11.959 vendas, respectivamente, no período. Do lado das quedas, ficaram outros (-53,85% e 132 unidades vendidas), automóveis (-27,61% e 88.783 unidades vendidas), ônibus (-22,22% e 217 unidades vendidas) e moto (-5,65% e 4.696 unidades vendidas).

Transportes de cargas têm leve melhora no País

São Paulo – A demanda por transportes rodoviários de cargas no Brasil voltou a apresentar leve melhora na semana até 3 de maio, de acordo com pesquisa divulgada ontem pela NTC&Logística, que agora vê uma queda de 41,41% em relação aos níveis anteriores à pandemia do novo coronavírus.

Na semana anterior, os números da associação de empresas indicavam queda de 44,8% na demanda geral pelo transporte, o que já representava a primeira semana de melhora no índice desde o começo da sondagem, cinco semanas antes.

O novo levantamento indicou também que o percentual de empresas que tiveram queda no faturamento em função da pandemia diminuiu, passando de 90% na pesquisa anterior para 86% na atual.

Para cargas fracionadas, que contêm pequenos volumes, a sondagem apontou que a retração de demanda atingiu 43,18% ante os níveis pré-coronavírus, melhora de cerca de 4 pontos percentuais em relação à semana anterior, apontou a NTC&Logística.

Já para cargas lotação, que ocupam toda a capacidade dos veículos e são utilizadas especialmente nos segmentos industriais e agrícolas, a retração até a última semana atingia 39,96%, melhora de cerca de 3 pontos ante a pesquisa passada. (Reuters)

Iata defende uso de máscara por passageiros em voos

Londres/Paris – A entidade que representa empresas aéreas de todo o mundo disse ontem que apoia a ideia de os passageiros usarem máscaras a bordo dos aviões, enquanto se intensifica um debate sobre como retomar a atividade e ao mesmo tempo respeitar as regras de distanciamento social na esteira da crise do coronavírus.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) disse aos repórteres que usar máscaras protegeria a saúde dos passageiros, mas foi contra deixar os assentos do meio vazios nas aeronaves, uma medida que apoiou anteriormente.

O conselheiro médico da Iata, David Powell, disse que usar máscaras e coberturas faciais a bordo seria parte de uma série de medidas, que incluiriam verificar os passageiros antes do voo para saber se não têm febre, e ainda de procedimentos adicionais de limpeza que permitiriam que a aviação fosse retomada com segurança.

Na Europa, os voos foram praticamente suspensos durante a pandemia de coronavírus. Embora não exista clareza sobre quando as restrições de viagem serão amenizadas, as empresas aéreas estão estudando como retomar os serviços com segurança e dar aos passageiros a confiança que precisam para voar.

Empresas como a alemã Lufthansa e a húngara de baixo custo Wizz Air já tornaram o uso de máscaras obrigatório para os passageiros em seus aviões.

Em abril, o diretor-geral da Iata, Alexandre de Juniac, disse que o assento do meio vazio estava entre as condições prováveis para uma retomada das viagens aéreas a serem debatidas com governos de todo o globo. Mas a entidade pareceu voltar atrás em uma coletiva de imprensa on-line realizada ontem, quando disse que deixar o assento do meio desocupado não aumentaria a segurança dos passageiros. (Reuters)

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