Caixa corta juros para crédito imobiliário

31 de outubro de 2019 às 0h04

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As novas taxas para financiamento de imóveis no País passam a valer no próximo dia 6 - Crédito: Pilar Olivares/Reuters

Brasília – A Caixa Econômica Federal anunciou ontem uma terceira redução de juros neste ano para o financiamento de imóveis com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

Pelas novas condições, a taxa efetiva mínima para imóveis residenciais, enquadrados no Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) será de TR+6,75% ao ano, enquanto a máxima, de TR +8,5% anuais, com reduções, respectivamente, de 0,75 e 1 ponto percentual.

As novas taxas de financiamento entrarão em vigor a partir da próxima quarta-feira, 6 de novembro. O anúncio foi feito antes da divulgação da decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central sobre a taxa de juros Selic.

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou que, com juros menores, haverá maior demanda por imóveis e que as novas taxas fazem a faixa 3 do programa Minha casa, minha vida perder competitividade.

“A faixa 3 passa a não ser mais competitiva. A faixa 3 basicamente perde competitividade. Atualmente, estaria a 7,93% a 8,47%”, afirmou.

Guimarães ainda destacou, durante a entrevista, que as agências da Caixa não abrirão mais aos sábados para saques do FGTS, o que gerará uma economia de custos à instituição financeira. “As pessoas vão ao caixa e lotéricas e recebem. Não há problema de sistema”, justificou. (Reuters)

Santander prevê pressão em receita líquida

São Paulo – O vice-presidente de Finanças do Santander Brasil disse ontem que a receita líquida de juros do banco deve sofrer pressão nos próximos trimestres, já que as taxas de juros do País atingem mínimas recordes e a concorrência cresce.

Angel Santodomingo afirmou a analistas em uma teleconferência que o banco tenta compensar uma potencial pressão nas margens com maior receita de tarifas e menores despesas operacionais.

“O banco precisa analisar seus custos de maneira industrial”, disse ele, acrescentando que ainda vê espaço para melhorias na eficiência do Santander Brasil.

O Santander Brasil divulgou ontem os resultados do terceiro trimestre acima das estimativas dos analistas, impulsionados principalmente pelo segmento de varejo. O lucro líquido recorrente, que exclui itens pontuais, atingiu R$ 3,705 bilhões, um aumento de 19,2% sobre um ano antes e acima dos R$ 3,48 bilhões previstos por analistas, segundo dados da Refinitiv.

Crescimento de varejo – Como nos últimos trimestres, os empréstimos ao consumidor deram suporte ao lucro líquido do banco. A carteira de empréstimos alcançou R$ 408,7 bilhões, aumento de 3,7% em três meses, à medida que o banco acelerou empréstimos para compra de automóveis, consignado e cartões de crédito.

Ainda assim, o Santander manteve a cobertura dos empréstimos com atraso superior a 90 dias. O índice de inadimplência ficou estável em 3%. A margem financeira cresceu 3,9% em relação a 12 meses para R$ 8,9 bilhões. A receita de tarifas também aumentou o lucro, devido à adição de novos clientes.

O retorno sobre o patrimônio líquido ficou em 21,1%, queda de 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior.

O presidente-executivo do banco, Sergio Rial, divulgou em outubro metas operacionais de longo prazo, prevendo manutenção do retorno sobre o patrimônio líquido acima de 21%.

Apesar dos fortes resultados do Brasil, o espanhol Santander registrou queda de 75% no lucro do terceiro trimestre. (Reuters)

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