Atividade econômica do País avança 0,44%

15 de novembro de 2019 às 0h05

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Dados do BC vão ao encontro dos resultados dos principais setores da economia brasileira registrados no mesmo período - Crédito: Enildo Amaral/BCB

São Paulo – A atividade econômica brasileira teve em setembro a segunda alta mensal consecutiva e o melhor desempenho em quatro meses, fechando o trimestre com o resultado mais forte em um ano, sinalizou o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) divulgado na quinta-feira (14).

O número se alinha a dados recentemente divulgados que mostraram ganho de tração nos setores varejista, de serviços e industrial, enquanto analistas melhoram expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB).

O IBC-Br – que tem como objetivo mensurar a evolução contemporânea da atividade econômica do País – subiu 0,44% em setembro sobre agosto. No terceiro trimestre sobre o anterior, a alta foi de 0,91%, de acordo com dados dessazonalizados.

O número de setembro é o melhor desde maio (+1,20%). Para o mês, o desempenho é o mais forte desde 2013 (+0,60%). Sobre setembro de 2018, o IBC-Br aumentou 2,11%, enquanto no acumulado em 12 meses teve alta de 0,99%, de acordo com dados observados.

No terceiro trimestre, o índice cresceu 0,91%, maior alta trimestral desde o terceiro trimestre de 2018 (+1,67%).

Setores – Nesta semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que as vendas no varejo no Brasil aumentaram de forma generalizada em setembro, registrando o melhor resultado para o mês em dez anos. O setor de serviços teve, no mesmo mês, o melhor desempenho para o mês desde 2014, e a produção industrial registrou o melhor setembro em dois anos.

A melhora dos indicadores se reflete nas expectativas do mercado. Analistas preveem que o PIB crescerá 0,92% em 2019 e 2,08% em 2020. Quatro semanas atrás, as projeções estavam em 0,87% e 2,00%, respectivamente, segundo dados da Focus.

O IBGE divulga os dados sobre o PIB brasileiro do terceiro trimestre em 3 de dezembro. A apuração do IBC-Br utiliza a estrutura do Sistema de Contas Nacionais (SCN) (que calcula o PIB) e emprega algumas proxies, mas existem diferenças conceituais, metodológicas e mesmo de frequência de cálculo dos dois indicadores. (Reuters)

Itaú já estima aceleração do PIB na casa dos 2%

São Paulo – A economia brasileira teve uma forte aceleração ao longo do terceiro trimestre, passando de um ritmo anual de 1% em junho para 1,8% em setembro, segundo estimativas do Itaú Unibanco. O número se refere ao indicador próprio calculado pela instituição para medir a velocidade de crescimento da atividade econômica.

O Itaú Unibanco projeta que o dado oficial do Produto Interno Bruto (PIB) mostre uma expansão de 1% em 2019. O dado, no entanto, é uma média do desempenho do ano. O ritmo ao final do ano, para a instituição, está próximo de 1,8%.

Segundo o banco, a economia se expandiu 0,4% no terceiro trimestre deste ano e crescerá 0,7% nos três últimos meses do ano, sempre na comparação com o trimestre imediatamente anterior.

Para 2020, a expectativa é de um crescimento médio de 2,2%, mas com a economia encerrando o próximo ano a um ritmo de 2,6%.

Mario Mesquita, economista-chefe da instituição, atribui boa parte da melhora na atividade ao processo de queda da taxa básica de juros, que está atualmente em 5% ao ano e deve chegar a 4% ao ano no início de 2020, segundo projeção do banco.

“A economia deve chegar, por volta de 2021, ao pico anterior à crise (de 2015/2016). A política monetária está tendo e ainda vai ter mais efeito à frente, na medida em que os juros forem caindo. A economia global deve ajudar também nessa retomada da atividade aqui no Brasil. Pelo menos o mundo não está em contração”, afirmou o economista durante a apresentação dos dados.

O economista do Itaú Unibanco Luka Barbosa afirmou que os dados sobre geração de empregos formais, por exemplo, já mostram criação de vagas em ritmo compatível com um PIB próximo de 2%. Também citou dados positivos no crédito a pessoas físicas e jurídicas e destacou os números positivos divulgados recentemente dos setores de serviços e varejo.

“O motivo é principalmente o crescimento do crédito privado, estimulado por uma taxa de juros muito baixa”, afirmou.

Consumo – Para este ano, segundo a instituição, o crescimento estará mais ligado ao consumo, mas se espera uma aceleração do investimento no próximo ano.

“Vai ser mais consumo do que investimento. A gente tem visto empresas mais ligadas a varejo com otimismo maior que as demais. Um varejo mais ligado a crédito tem tido performance melhor do que setores ligados à renda, em um cenário de desemprego mais elevado, mas com retomada do crédito no País”, disse o também economista do Itaú Fernando Gonçalves. (Folhapress)

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