Inadimplência das empresas é recorde

Junho registrou 6,52 milhões de companhias inadimplentes, o maior número da série histórica do Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian. Em relação a maio, o aumento foi de 35 mil novos CNPJs negativados. O valor das dívidas, quando somadas, chegou a R$ 118 bilhões, um recorde que não era batido desde janeiro de 2020. Em média, cada CNPJ registrou cerca de sete contas negativadas no período.
De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, apesar da melhora em maio, a recuperação não se sustentou em junho devido ao quadro econômico do País ainda continuar impondo desafios aos empreendedores.
“Perante as altas taxas de juros e o baixo dinamismo econômico, as empresas continuam enfrentando dificuldades para melhorar seu fluxo de caixa, o que acaba levando muitas delas à situação de inadimplências”.
As companhias do setor de “Serviços” foram as mais afetadas e representam 54,1% do total de inadimplentes. Em seguida apareceu “Comércio”, com 37%, “Indústrias”, com 7,6%, “Setor Primário”, com 0,8% e “Outros”, com 0,4% – categoria que contempla empresas “Financeiras” e do “Terceiro Setor”.
Estados
Em junho, a análise por Unidade Federativa (UF) mostrou que São Paulo foi o estado com o maior número de empresas inadimplentes (2.092.121). Em segundo lugar estava Minas Gerais, seguido pelo Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Bahia.
Além disso, no período, do total de companhias negativadas, 5,77 milhões eram de micro e pequenas empresas (MPEs). O número também representa crescimento em relação ao mês anterior.
Juntas, as MPEs com CNPJs no vermelho somaram 39,7 milhões de dívidas, cujo valor total é de R$ 95 bilhões. Em média, cada companhia inadimplente registrou 6,9 contas atrasadas.
Metodologia
O Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas contempla a quantidade de empresas brasileiras que estão em situação inadimplência, ou seja, possuem pelo menos um compromisso vencido e não pago, apurado no último dia do mês de referência. O Indicador é segmentado por UF, porte e setor.
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