Carga tributária é o principal entrave para pequenos e médios empresários

2 de novembro de 2019 às 0h16

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 Volume de impostos é citado por 47,7% dos empreendedores em levantamento feito pelo Insper com apoio do Santander  | Crédito: Pixabay

A carga tributária representa o principal entrave para a evolução de pequenos e médios negócios no Brasil. A avaliação é de empreendedores dos setores de comércio, indústria e serviços em levantamento realizado pelo Centro de Estudos em Negócios do Insper com apoio do Santander.

Os impostos foram citados como o maior empecilho para o avanço de negócios na opinião de 47,7% dos empresários. A taxa de juros apareceu em segundo lugar, com 20,6%, seguida pela inadimplência (14,9%), encargos trabalhistas (14,2%) e taxa de câmbio (2,6%).

Os dados apontam ainda percepções sobre efeitos da reforma da Previdência, expectativas de faturamento e avaliações acerca de oportunidades no exterior. 

O o professor do Insper e pesquisador responsável pelo Índice de Confiança dos Pequenos e Médios Negócios (IC-PMN), Gino Olivares, ressalta que o problema fiscal se apresenta em duas dimensões e que ambas apontam para a conveniência de resolver os problemas estruturais das finanças públicas brasileiras.

“Por um lado, acreditam que a aprovação da Previdência terá impacto positivo no seu negócio. Por outro lado, apontam a carga tributária como o maior empecilho de natureza macroeconômica para a evolução da empresa”, afirma Olivares.

Segundo o pesquisador, os entrevistados se mostram reticentes ao considerar oportunidades de negócio no exterior. “As respostas apontam a conveniência de oferecer mais informação e suporte às empresas sobre a alternativa de encarar o mercado internacional”, acrescenta.

“Por último, mas não menos importante, os empresários entrevistados mostraram expectativa de um faturamento no quarto trimestre superior ao do ano passado”, completa Olivares. 

Para 26,6% dos empreendedores a reforma da Previdência terá pouco impacto nos negócios. Outros 17,6% consideraram que resultará em muito impacto e, na opinião de 19,9%, não haverá nenhum. A reforma foi vista como irrelevante por 13,9% deles. Não souberam responder ou não opinaram 22% deles. 

Quando o tema é faturamento, mais da metade mostrou esperar crescimento neste último trimestre em comparação ao mesmo período do ano passado. Uma fatia de 41,2% tem a expectativa de ligeiro aumento e outra, de 16%, de forte aumento. Acreditam que o resultado será igual outros 22%. Já 15,3% trabalham com a possibilidade de uma ligeira queda e outros 5,5%, de uma forte queda.  

Em relação ao cenário externo, apesar de conflitos comerciais entre países, 25,4% avaliaram como viável investir em oportunidades fora do Brasil. Em outra direção, 19,7% trataram o movimento como inviável, por ser muito arriscado. A maioria, no entanto, nunca parou para analisar o tema (55%). 

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