Desenvolvedor está entre as profissões mais quentes atualmente e com mais ociosidade

27 de maio de 2021 às 0h15

img
Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Entre as profissões mais quentes atualmente, e com mais ociosidade, esta é a de desenvolvedor(a). Em todo o Brasil, a conquista por esse talento tem sido um desafio e tanto para as empresas. Em 2020, segundo a Intera, HRtech de recrutamento digital, essa posição representou 26% das vagas trabalhadas, sendo 60% para posições seniores, 15% plenos e 25% para especialistas. Já este ano, considerando os primeiros meses, já são 17% das vagas abertas, sendo 50% seniores, 15% plenos e 35% especialistas.

Mas, quanto ganha e aspira os desenvolvedores? Como enxergam este mercado, o que os movem e o que esperam das empresas? Essas, entre outras perguntas, foram respondidas no levantamento, inédito realizado pela startup, que atende mais de 100 corporações, entre startups em crescimento acelerado e grandes empresas em transformação digital. O objetivo foi mapear e entender as características aspiracionais desses profissionais tão importantes para a nova economia, além de melhorar a experiência nas relações de trabalho.

O estudo, realizado no início deste ano em âmbito nacional, envolveu a participação de mais de 5.332 mil engenheiros de softwares, desenvolvedores e tech leads – com especialidade na área de Back End, dos níveis sênior, pleno e júnior, e mais de 50 empresas clientes da Intera.

“A pandemia acelerou o movimento de digitalização do trabalho. Mais do que nunca os profissionais das áreas de tecnologia tornaram-se extremamente vitais e necessários para que as empresas possam acompanhar essa nova dinâmica. A busca por desenvolvedores aumentou de forma significativa trazendo ainda mais concorrência por profissionais que já eram escassos no mercado”, afirma Paula Morais, cofundadora da Intera, que atende empresas como iFood, Creditas, Quinto Andar, Ebanx, Cargo X, Hotmart, Pipefy, Contabilizei, Itaú, Ambev, Grupo Boticário, Kroton, Via Varejo, Gerdau, dentre outras.

O levantamento revelou ainda que, em geral, a média salarial oferecida pelas empresas/startups para Back-End juniores e pleno está acima da expectativa, exceto para cargos mais seniores, em que a oferta estimada pelos candidatos é maior, conforme tabela ao lado. “A própria explosão do mercado mesmo na pandemia trouxe um encarecimento financeiro e operacional para a contratação desses profissionais que, a partir de agora, contam com mais oportunidades de emprego e passam a ter poder de determinar o melhor valor pelo seu trabalho”, explica Paula Morais.

Para vagas de Back-End juniores, as empresas oferecem uma média de R$ 4.500,00 a R$ 5.500,00, enquanto os profissionais possuem uma expectativa de R$ 3.192,31 e R$ 3.692,31, e para vagas de nível pleno as empresas oferecem uma faixa de R$ 6.800,00 a R$ 8.500,00 frente a uma expectativa de R$ 6.964,79 a R$ 7.464,79 dos profissionais.

No entanto, quando falamos de profissionais sêniores, enquanto as empresas oferecem salários entre R$ 7.680,00 e R$ 10.880,00, os profissionais estão buscando valores bem acima, entre R$ 12.103,13 e R$ 12.603,13. O maior salário registrado para sênior Back-End Engineer ficou em R$ 18.000,00. Já a linguagem técnica exigida para ocupar essa vaga era Java, oportunidade com maior salário. Já o menor salário para posição de desenvolvedor Java júnior é de R$ 4.000,00.

A pesquisa mostrou também, que os conhecimentos mais buscados pelas empresas na hora de contratar este perfil de talento é AWS – Amazon Web Services (44%), a plataforma de nuvem mais adotada e mais abrangente do mundo, seguida por Microsserviços (22%), uma abordagem arquitetônica e organizacional do desenvolvimento de software e Spring Boot por (16%) das empresas, que é um framework open source para a plataforma Java.

Já as principais motivações para mudar de emprego sinalizadas por esses profissionais (38%) apontaram o desafio de ir para uma nova empresa, (24%) sinalizaram a falta de oportunidade de crescimento no emprego atual, (12%) ressaltaram o interesse em trabalhar em uma empresa maior. Já (6,8%) manifestaram o desejo de atuar em uma companhia que atue com outro segmento, (6,4%) disseram que o salário atual não correspondia ao mercado, (5,7%) querem mudar de setor ou área de atuação e (4,2%) desejam receber mais benefícios.

De acordo com os dados do gráfico, (82%) consideram a assistência médica como um dos três benefícios mais importantes, mas apenas (79%) recebem esse amparo de saúde. Cerca de (25%) dos respondentes apontaram a importância do auxílio educação, porém apenas (18%) podem ter e, por fim, (62%) dos talentos gostariam de receber assistência odontológica, mas apenas (27%) deles efetivamente recebem como benefício das empresas.

Tags:
Facebook LinkedIn Twitter YouTube Instagram Telegram

Siga-nos nas redes sociais

Comentários

    Receba novidades no seu e-mail

    Ao preencher e enviar o formulário, você concorda com a nossa Política de Privacidade e Termos de Uso.

    Facebook LinkedIn Twitter YouTube Instagram Telegram

    Siga-nos nas redes sociais

    Fique por dentro!
    Cadastre-se e receba os nossos principais conteúdos por e-mail