Fundação João Pinheiro completa 50 anos em dezembro

5 de novembro de 2019 às 0h04

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A Fundação continua a ocupar um importante espaço no contexto governamental - CRÉDITO: DIVULGAÇÃO

No dia 12 de dezembro de 1969, o governo de Minas Gerais publicou a Lei Estadual nº 5.399, que criou a Fundação João Pinheiro (FJP), instituição que iria fortalecer o Poder Executivo estadual de forma inovadora na área de planejamento. Cinco décadas se passaram e hoje a FJP continua a ocupar um importante espaço no contexto governamental. Para marcar o ano de seu cinquentenário, o órgão vai realizar uma série de eventos comemorativos com convidados que fizeram parte de sua história, discutindo temas que também perpassam pela trajetória da Fundação.

Abrindo a programação, no dia 8 de novembro, às 9 horas, a FJP irá lançar a marca comemorativa de seu cinquentenário e, na sequência, receber o economista Paulo Haddad, ex-funcionário da casa, para ministrar a palestra Fundação João Pinheiro: a trajetória dos processos de planejamento do estado de Minas Gerais. O evento tem inscrições gratuitas pela plataforma Sympla e as vagas são limitadas.

Linha do tempo – No final da década de 1960, Minas Gerais passava por um amplo processo de modernização que tinha como intuito fomentar o desenvolvimento econômico do estado. Além da FJP, faziam parte desse processo o Instituto de Desenvolvimento Industrial (Indi), a Companhia de Distritos Industriais (CDI) e o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). À época, o redesenho do aparato estatal não só reorganizou a máquina administrativa, como também instituiu novos mecanismos para a atração de investimentos.

Nesse contexto, o Sistema Estadual de Planejamento foi criado tendo a Fundação João Pinheiro como um de seus atores centrais. Esse sistema foi gradualmente ampliado ao longo da década de 1970, a partir do envolvimento de órgãos da própria administração, empresas estatais e bancos públicos. Nesse mesmo ciclo, a instituição participou da construção do II Plano Mineiro de Desenvolvimento Econômico e Social (PMDES) e, ao longo dos anos 1970, o estado passou a crescer, apresentando taxas médias anuais superiores às do país.

Nessas cinco décadas, projetos de extrema relevância para Minas Gerais e para o Brasil foram criados e desenvolvidos pela FJP, alguns deles ainda em atividade. Na década de 1970, a revista Fundação JP Análise e Conjuntura era uma das publicações mais respeitadas na área acadêmica. Também nessa época, o curso de especialização em administração para altos executivos e a participação da FJP no PMDES tiveram destaque.

Nos anos 1980, a Fundação passou a calcular o PIB de Minas Gerais e criou a especialização em administração pública, a primeira voltada para servidores estaduais. Em 1986, o funcionamento do curso superior de administração pública foi autorizado pelo Decreto nº 92.745 e a carreira de administrador público, com vinculação ao curso da Fundação João Pinheiro, foi criada (Lei Estadual nº 9.360).

Na década de 1990, a FJP passou a calcular o Déficit Habitacional no Brasil, estudo que ainda hoje subsidia a criação de políticas habitacionais no país. Na mesma época, a instituição iniciou seu trabalho nas áreas de desenvolvimento humano e de mercado de trabalho, além de lançar o programa editorial Coleção Mineiriana. Os anos 1990 também foram marcados pela criação da Escola de Governo da FJP e pelo reconhecimento, pelo MEC, do curso de graduação em administração pública.

Mais tarde, na década de 2000, a Fundação foi responsável pela criação do Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS), firmou parceria com o Pnud e o Ipea para o lançamento do Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil e lançou, de forma inédita à época, o Sistema Estadual de Informações sobre Saneamento (Seis), entre outros projetos.

Nos últimos 10 anos, além de dar continuidade a vários desses projetos, a FJP manteve a produção de pesquisas nas áreas de administração pública, economia, saúde, segurança pública, juventude, turismo, vulnerabilidade social, comércio exterior, demografia, cultura e economia criativa, entre outras, e o desenvolvimento de planos diretores, planos de cargos, carreiras e vencimentos, e planos de desenvolvimento integrado para municípios e regiões.

Os projetos desenvolvidos pela FJP fornecem subsídios para que gestores públicos orientem suas ações e direcionem esforços e recursos de forma consistente para a formatação e execução de políticas e programas adequados às especificidades das diferentes regiões de Minas Gerais e do Brasil.

Referência nacional em sua área de atuação, a FJP é vinculada à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-MG) e trabalha em parceria com outros órgãos estaduais e em conexão com instituições nacionais e internacionais. (Da Redação)

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