Brasília – Durante o lançamento da Frente Parlamentar Mista de Economia e Cidadania Digital, o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Guto Ferreira, fez uma defesa enfática dos investimentos em inovação.
“O Brasil não se tornará uma potência digital enquanto a inovação não for o pilar do desenvolvimento. E para isso, precisamos modernizar a legislação, desburocratizar o empreendimento, melhorar o ambiente jurídico, ampliar a inclusão digital e investir em educação”, destacou o presidente.
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Convidada a apoiar a Frente Digital, a ABDI contribuirá com informações técnicas, levantamentos e análises de cenários, com o objetivo de aperfeiçoar a pauta legislativa voltada para a digitalização da economia.
“Vamos trabalhar em conjunto com os parlamentares no apoio a diversas frentes, entre elas, o investimento em infraestrutura, a ampliação da conectividade e a aplicação das novas tecnologias, advindas da indústria 4.0”, adiantou o Coordenador de Economia Digital da ABDI, Rodrigo Rodrigues.
De acordo com Ferreira, as instituições estão perdendo importância por não conseguirem acompanhar a velocidade dos anseios do cidadão.
“Isso aqui não é só uma Frente, mas um movimento que recupera a relevância do Parlamento porque busca acompanhar as mudanças do mundo digital, na velocidade que o cidadão e as novas gerações exigem”, acrescentou.
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O coordenador da Frente e deputado João Henrique Caldas (PSB/AL) afirmou que a iniciativa surgiu do desejo de unir o Brasil em favor do cidadão.
“Vamos discutir os marcos legais para a inovação e a economia digital, debater e propor ações para um governo digitalizado que possa oferecer serviços para simplificar a vida do cidadão, gerar redução de custos e, sobretudo, seremos um vetor para estimular o investimento do setor produtivo e impulsionar a economia”, elencou Caldas.
“Recebemos a incumbência do Ministério da Economia de trabalhar na construção das bases para um Brasil Digital. Ao lado dos diversos atores, como os ministérios da Economia e da Ciência e Tecnologia (MCTIC), estamos empenhados na digitalização da economia brasileira”, frisou Ferreira.
Ao final, o presidente da ABDI falou da Plataforma BIM (Building Information Modelling), uma metodologia de digitalização da construção.
“Com o uso do BIM, é possível ter mais controle de todas as etapas da obra, maior transparência dos processos, precisão dos dados, previsibilidade dos erros, além de uma redução de, no mínimo, 15% no custo final da obra, seja ela privada ou pública. É uma verdadeira revolução e uma clara resposta do Estado aos anseios da sociedade por maior produtividade, ética e compromisso com os recursos públicos”, finalizou Ferreira.