São Paulo – A operadora de telecomunicações em recuperação judicial Oi reportou um prejuízo líquido bilionário no quarto trimestre, refletindo a piora do resultado financeiro e queda nas receitas, segundo balanço divulgado na noite de terça-feira, que ainda sinalizou aceleração de investimentos este ano.
Entre outubro e dezembro, o prejuízo líquido aos acionistas controladores foi de R$ 3,359 bilhões, cifra 65,7% maior que a apurada um ano atrás. Em termos consolidados, o resultado líquido trimestral veio negativo em R$ 3,343 bilhões, superando em 48,4% a perda de R$ 2,253 bilhões entre outubro e dezembro de 2017.
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A receita líquida total encolheu 7,9% na comparação anual, para R$ 5,365 bilhões, afetada principalmente pela queda de 11,7% no segmento residencial, 8% no corporativo (B2B) e 3,1% em mobilidade pessoal.
“A comparação anual ainda está parcialmente impactada pelo reajuste de tarifas ocorrido no terceiro trimestre, com reflexo nos segmentos residencial, mobilidade pessoal e pequenas empresas”, explicou a Oi no balanço.
O desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de rotina recuou 3,2% no quarto trimestre, para R$ 1,257 bilhão, enquanto a margem Ebitda de rotina subiu 1,1%, para 23,4%.
Já o resultado financeiro veio negativo em R$ 916 milhões entre outubro e dezembro, ante receita financeira de R$ 1,927 bilhão um ano atrás, quando a empresa foi contemplada com receitas de R$ 4,6 bilhões decorrentes da revisão de critérios de cálculo da provisão de contingências com a Anatel.
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Ao fim de dezembro, a Oi tinha uma dívida bruta consolidada de R$ 16,45 bilhões, uma redução de 69,9% em relação aos R$ 54,62 bilhões devidos um ano antes, graças à reestruturação dos débitos resultante da conclusão do processo de recuperação judicial, homologado em 5 de fevereiro de 2018.
Ainda conforme o balanço, a companhia elevou em 7,5% o investimento em 2018, para R$ 6,112 bilhões, com foco principal na expansão de FTTH para oferecer banda larga de alta velocidade, além da cobertura móvel 4G e 4,5G.
Para 2019, a Oi planeja acelerar os desembolsos para R$ 7 bilhões. (Reuters)
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