Santa Casa entre as melhores ONGs do Brasil
4 de dezembro de 2021 às 0h30
Personagem importante da história de Belo Horizonte e de Minas Gerais, a Santa Casa BH foi eleita, pelo quinto ano consecutivo, como uma das 100 Melhores ONGs do Brasil. O prêmio é promovido pelo instituto O Mundo que Queremos, Instituto Doa e pelo Ambev VOA.
Considerado o maior reconhecimento do terceiro setor no País, a honraria reforça a transparência e as boas práticas de gestão do maior hospital filantrópico 100% SUS de Minas Gerais.
De acordo com o provedor da Santa Casa BH, Roberto Otto Augusto de Lima, esse reconhecimento em um período de pandemia credencia a Santa Casa a dar mais um salto de qualidade e se transformar em um “Hospital de Excelência” no prazo de três anos.
“Esse resultado é uma construção de muitos anos e de muito amor de toda a equipe. São cerca de 5 mil funcionários e mil médicos. No início do século, lutávamos contra o risco de insolvência e hoje esse reconhecimento pelo quinto ano consecutivo mostra como o trabalho foi bem feito. Isso nos dá força para buscar, junto ao Ministério da Saúde, o título de Hospital de Excelência, nos juntando a um grupo de apenas cinco hospitais no Brasil”, defende Lima.
Hospitais de excelência são instituições habilitadas pelo Ministério da Saúde que cumprem determinados requisitos para a apresentação de projetos de apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS), em troca de isenção de contribuições sociais devidas à União.
Para alcançar a nova categoria, a instituição precisa regularizar questões de licenciamento junto à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e conquistar uma nova acreditação definida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA).
“Estamos com a Santa Casa organizada, mas ainda precisamos cumprir alguns requisitos legais, como a regularização do nosso alvará de funcionamento, por exemplo. Ao mesmo tempo, devemos demonstrar como o conhecimento gerado aqui extrapola os nossos muros e contribui para o aprimoramento do Sistema de Saúde como um todo. Hoje, participamos das pesquisas da Janssen e da GSK sobre vacinas contra a Covid-19. Também temos uma pesquisa sobre anestésicos produzidos a partir do veneno de aranha, por exemplo. Para essa conquista, também devemos ajudar no treinamento de outras instituições de saúde, compartilhando nossas boas práticas”, afirma.
A pandemia de Covid-19 é um bom exemplo de como o hospital conseguiu se adaptar para atender à demanda do SUS, transformando alas inteiras para o atendimento aos infectados, inaugurando 200 leitos e se tornando referência no tratamento dos casos da doença na Capital.
A majoração dos preços, a falta de insumos no mercado e a redefinição dos fluxos de pacientes e investimentos são alguns dos desafios enfrentados diariamente desde o início da crise sanitária em março de 2020.
“Dentro de um hospital existem muito mais coisas do que o atendimento médico. Ali você tem um hotel, restaurantes, clínicas paralelas como dentistas, por exemplo. Tudo isso torna a gestão ainda mais complexa. Precisamos lembrar que a Santa Casa é um hospital filantrópico, não é um hospital público. É a sociedade civil atuando de forma organizada para tornar a vida das pessoas melhor por meio do atendimento à saúde”, pontua o provedor da Santa Casa BH.