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Negócios

Volatilidade marca o uso da bitcoin como investimento financeiro no Brasil

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  • Por Fernando Righi
  • Em 18 de junho de 2021 às 00:28
bitcoin
Defensores da bitcoin argumentam que a volatilidade é temporária, pois a moeda estaria em processo de amadurecimento | Crédito: REUTERS/Benoit Tessier/Ilustração

A ideia das moedas virtuais nasceu nos anos 1980, quando os avanços da criptografia nas redes sociais inspiraram os autodenominados cyberpunks a discutir um sistema de transações no qual os indivíduos poderiam usufruir de total liberdade e privacidade longe dos olhos de governos.

Esta moeda deveria ter três características: descentralização, anonimato e custo zero em transações. Descentralização significa total independência de bancos centrais ou do estado para sua regulamentação, de maneira que as oscilações de preço ocorreriam de acordo com a própria economia por trás da moeda.

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Somente em 2009 que a ideia deixou os fóruns de entusiastas e ganhou o mercado, quando Satoshi Nakamoto, sobre o qual se conhece muito pouco, desenvolveu o sistema blockchain (cadeia de blocos), espécie de livro-caixa eletrônico, armazenado por uma grande comunidade de usuários, que contabiliza todas as transações realizadas.  

A bitcoin foi a primeira criptomoeda a utilizar a tecnologia do blockchain, grande responsável pelo seu sucesso por conta da segurança trazida pelo sistema. A partir dela, criptomoedas alternativas surgiram adotando-o e tornando-o, hoje, o sistema-base para a maioria das criptomoedas.

Por ser a pioneira, a bitcoin ganhou maior fama e é a mais utilizada para compra e venda de produtos, além de transferências de valores entre pessoas. A partir de 2012, algumas empresas começaram a incluí-la em seus métodos de pagamento. Estima-se que 14 mil estabelecimentos no mundo aceitam a bitcoin, dentre restaurantes, hotéis, bares, atrações turísticas e caixas eletrônicos. No Brasil, o número ainda é pequeno, o que leva os entusiastas a utilizarem a bitcoin como moeda especulativa.

No entanto, este é seu principal problema – a volatilidade. Um dos maiores críticos das criptomoedas é Robert Shiller, Nobel de Economia em 2013. Ele ressalta que é apenas uma bolha especulativa, já que os investimentos tomam valores maiores do que o valor real do ativo e se tornam insustentáveis, tendendo a quedas drásticas nos preços.

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Foi o que ocorreu em 2017, quando houve grande procura por bitcoins e criou-se a fama de que a moeda tornaria as pessoas milionárias rapidamente com pouco investimento. De fato, neste ano, ela obteve uma valorização de 20.000%.

Outra queda dramática ocorreu em maio deste ano, quando o bilionário Elon Musk deu a entender que a Tesla (sua empresa de carros elétricos e de energia solar e limpa) poderia vender as bitcoins que possui.

No dia seguinte, a moeda caiu 9,2%, cotada a US$ 42.9 mil, seu menor valor desde fevereiro. Em reais, o recuo foi de 9,3% (R$ 226 mil), movimento que puxou outras “criptos” como o Ehter (-9,5%) e Binance Coin (-12,2%). No entanto, bastou o presidente-executivo voltar atrás e anunciar que a montadora pode retomar transações usando o ativo, que a bitcoin encostou nos US$ 40 mil (cerca de R$ 203 mil).

Essas oscilações abruptas podem se tornar um risco para investidores, que podem ter um retorno menor do que o valor inicial investido. Porém, defensores da bitcoin argumentam que a volatilidade é temporária, pois a moeda estaria em processo de amadurecimento. Quanto maior a aderência das pessoas à criptomoeda, maior será a estabilidade do meio de troca.

O investidor profissional e professor de Finanças Digitais e Blockchain na FAE Centro Universitário de Curitiba, Felippe Percigo, destaca que a bitcoin, como todas as criptomoedas, tem seu valor determinado por oferta e demanda, portanto não existe nada que garanta sua valorização, tão somente a procura por parte dos que querem comprar e dos que querem vender.

“Quanto mais pessoas compram essa criptomoeda, mais seu preço sobe, quanto mais vendem, o preço cai, acontece a precificação. Então é por especulação, oferta e demanda”, explica.

Sobre a falta de lastro físico da bitcoin, ele raciona que o lastro do dólar é confiar que haverá uma boa gestão da economia nos países que têm o dólar como moeda oficial. “No caso do bitcoin, temos a matemática, o blockchain, a criptografia por trás do lastro. Dessa forma, o lastro do BTC também se dá na confiança dos usuários em relação à tecnologia por trás da moeda”, assegura.

Nada garante a valorização da bitcoin, defende Percigo | Crédito: Divulgação

Percigo acrescenta que, apesar de a bitcoin ter sido criada para substituir as moedas correntes, por enquanto, ainda não é amplamente usada. Isso ocorre porque, ao fazer uma transação muito barata usando a bitcoin, como pagar café, por exemplo, é provável que a taxa dessa compra seja a mesma do valor.

“Essa transação em cripto entra no bloco que demora dez minutos para processá-la, ou seja, existe um delay para a confirmação do pagamento, o que pode não ser muito interessante nesses casos em que a compra precisa ser validada rapidamente. As confirmações dentro do blockchain podem variar de 10 minutos até 1 hora, dependendo do valor da taxa paga. Por esses motivos, o bitcoin é utilizado, normalmente, para grandes transações, como as internacionais, bem como para grandes pagamentos, como é o caso da Tesla”, cita.

Expectativas futuras com a bitcoin

O investidor garante que a dinâmica especulativa da bitcoin é superior a qualquer outro ativo mesmo no mundo das commodities ou ações, pois sua apreciação, seu valor ao longo do tempo, sempre tem sido de alta.

“Se compararmos os últimos 12 anos, o BTC saiu de zero para US$ 60 mil. Essa expectativa de alta é o que faz com que a especulação seja tão intensa. Histórias de pessoas que enriqueceram por causa da moeda, todo esse entusiasmo por trás do bitcoin, faz com que mais pessoas invistam no ativo que, por sua vez, tem seu valor aumentado significativamente”, ressalta.

Ele diz que sua expectativa é que isso continue a ocorrer em longo prazo, pois o entusiasmo pelos criptoativos é um dos principais gatilhos que, inclusive, precisa ser amadurecido no mercado.

Contudo, é difícil mensurar as flutuações da bitcoin em curto prazo. De forma geral, a expectativa do mercado é que haja uma alta ainda mais intensa frente a que já ocorreu no longo prazo, num período de um ou dois anos.

“Entretanto, também é possível prever uma volatilidade muito intensa quando o mercado resolver corrigir essa situação. Isso significa que quando houver uma correção por parte de realizações de lucros do mercado, teremos uma volatilidade alta que fará com que os preços se corrijam devidamente. Então, quando se pensa em investir, é sempre importante entrar com cuidado, com valores que podem e cabem no bolso, para que o investidor não corra um risco desnecessário”, alerta.

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  • Tags: Negócios
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