• Buscar
  • Versão Impressa
  • DC Publicidade Legal
  • FAZER LOGIN
Assine

COTAÇÃO DE 16/06/2022

DÓLAR COMERCIAL

COMPRA: R$5,0260

VENDA: R$5,0260

DÓLAR TURISMO

COMPRA: R$5,1200

VENDA: R$5,2470

EURO

COMPRA: R$5,3076

VENDA: R$5,3108

OURO NY

U$1.834,05

OURO BM&F (g)

R$299,43 (g)

BOVESPA

+0,73

POUPANÇA

0,6602%

OFERECIMENTO

Opinião

Aporte da Fiat em Minas prenuncia efeitos da reforma da Previdência

COMPARTILHE

googlenews
  • Por Diário do Comércio
  • Em 24 de maio de 2019 às 00:01
Crédito: Alisson J. Silva/Arquivo DC

Aguinaldo Diniz Filho *

Chegou em boa hora, diante de tantas dificuldades econômicas que Minas Gerais vem atravessando, o anúncio, pela Fiat-Chrysler Automobiles – FCA, de um novo investimento em sua planta de Betim, que, ao longo dos próximos quatro anos, chegará aos R$ 8,5 bilhões. O aporte destina-se à implantação de uma nova unidade para produção de motores de última geração, mais potentes e menos poluentes, que irá possibilitar à empresa maior competitividade em um setor onde tecnologia, eficiência energética e custos são fatores cada vez mais determinantes no mercado.

PUBLICIDADE




A decisão do grupo por investir em nosso Estado – que tinha como concorrente na disputa nada menos que a China – tem para a Associação Comercial e Empresarial de Minas um significado muito especial, pois mostra a pujança de um empreendimento que teve na sua origem, há 46 anos, intensa atuação da entidade, que então buscava meios de promover a industrialização de Minas, percebida como eficaz solução para reverter a grave estagnação econômica que aqui se atravessava.

Estudos então realizados pela ACMinas, conjuntamente com o governo mineiro, mostraram que o ideal para se vencer a inércia seria trazer para o Estado uma grande empresa automotiva, dada a grande capacidade desse setor de gerar empregos, agregar valor e atrair investimentos na formação de uma extensa cadeia de fornecedores. Depois de longas negociações com o grupo italiano, nascia a Fiat Automóveis S.A. Não por acaso, seu primeiro presidente foi aquele que então presidia a ACMinas e conduziu as tratativas: Adolfo Neves Martins da Costa.

Esta nova iniciativa que a Fiat-Chrysler acaba de anunciar, em cerimônia na qual representei a ACMinas, tem, outra vez, enorme relevância. Hoje, quando replicam-se em Minas Gerais as agruras do cenário nacional, marcado por altos índices de desemprego e por graves problemas financeiros, econômicos e sociais, ela vai gerar novos empregos e expandirá a cadeia de fornecedores – o que, num efeito multiplicador, também trará novos postos de trabalho e mais investimentos.

Um dos atuais fornecedores da companhia, a Lear Corporation, fabricante de chicotes elétricos, já anunciou, ainda que não explicitamente como decorrência da iniciativa da FCA, a abertura de uma nova fábrica em Camanducaia, no Sul do Estado, em acréscimo a sua planta em Betim. Ela deve começar a produzir já no início de 2020 e vai acrescentar cerca de 300 postos de trabalho aos outros 300 já existentes.

PUBLICIDADE




Mesmo que a decisão da FCA não signifique, se vista de forma isolada, um início de recuperação da economia mineira, ela explicita a existência em Minas de três fatores que são primordiais para qualquer investidor: primeiro, a solidez institucional, que traz consigo a confiabilidade; segundo, a existência da necessária infraestrutura – energia, logística, especialmente de transportes, e mão de obra qualificada e disponível. E, terceiro, um efeito de natureza mais abstrata, mas nem por isso menos importante: a percepção, pela alta direção de uma grande multinacional, de que Minas Gerais continua a ser um bom lugar para se investir.

A expectativa de retomada dos investimentos produtivos no Estado, ainda que num contexto geral ainda sombrio, principalmente quanto às contas públicas, baseia-se também no desempenho positivo de alguns setores, como o agronegócio, que em Minas cresceu 3,5% no ano passado. Mas são resultados ainda isolados dentro de um contexto geral de dificuldades. Apesar de trazerem confiança a todos nós que nos acostumamos a ler, ver e ouvir no dia a dia somente notícias ruins, não devem ainda ser considerados como o início de uma efetiva retomada do crescimento.

Esta só virá efetivamente – e venho reiterando isso de maneira enfática – quando for desatado o nó da Previdência Social. Há enorme premência em que as mudanças sejam logo aprovadas e entrem em vigência já no ano que vem. A perspectiva de que isto aconteça, ao contrário de dois ou três meses atrás, são agora bem mais positivas, pois até mesmo parlamentares que a ela se opunham frontalmente já se convenceram de que são essenciais. Tão essenciais que, de acordo com a Forbes, há uma intenção manifestada explicitamente por grandes corporações, entre as quais GM, Toyota, Shell e Exxon, de investirem no País algo em torno de 85 bilhões de reais. O fator condicionante – claro – é a aprovação da reforma previdenciária. Sem ela, estes investimentos, assim como muitos outros certamente cogitados, com certeza não virão.

*Presidente da ACMinas

  • Tags: Fiat, Fiat Chrysler Automobiles, reforma da previdência
Ao comentar você concorda com os Termos de Uso. Os comentários não representam a opinião do portal Diário do Comércio. A responsabilidade sob qualquer informação divulgada é do autor da mensagem.

COMPARTILHE

Comunicar Erro

NEWSLETTER

Fique por dentro de tudo que acontece no cenário economico do Estado

CONTEÚDO RELACIONADO

O governo arrecadou R$ 156,822 bilhões em abril, conforme os dados da Receita Federal | Crédito: PILLAR PEDREIRA / AGÊNCIA SENADO

Projetos no Senado buscam correção na tabela do IRPF

  • Por Diário do Comércio
  • Em 1 de abril de 2021
Hospitais de Minas Gerais recebem EPIs doados pela Vale

Vale doa kits de testes rápidos para Covid-19 para hospitais mineiros que atendem pelo SUS

  • Por Vale
  • Em 22 de maio de 2020
Sodexo , sodexo, vale-alimentação, cartão de alimentação - Crédito: Antônio Cruz/Agência Brasil

Reajustes em vales-alimentação e refeição em Minas ficam abaixo da inflação

  • Por Emelyn Vasques
  • Em 29 de junho de 2022
Em Belo Horizonte, a venda de apartamentos superou o número de lançamentos | Crédito: MARCELLO CASAL JR.  / ABr

Vendas de imóveis caem em Belo Horizonte e Nova Lima

  • Por Michelle Valverde
  • Em 29 de junho de 2022
Agrônomos checam área plantada com soja em Cruz Alta (RS)

VBP de 2022 deverá ficar 13,8% acima do ano passado

  • Por Michelle Valverde
  • Em 29 de junho de 2022

OUTROS CONTEÚDOS

Facebook Twitter Youtube Instagram Telegram Linkedin

Sobre nós

Diário do Comércio: veículo especializado em Economia, Gestão e Negócios de Minas Gerais, referência para empresários, executivos e profissionais liberais.

Fale Conosco: contato@diariodocomercio.com.br

© Diário do Comércio. Todos os direitos reservados.
O conteúdo deste site não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

TERMOS DE USO | POLÍTICA DE PRIVACIDADE

Atendimento ao Leitor: (31) 3469-2001
De segunda a sexta-feira, das 08:00 às 17:00
Av. Américo Vespúcio, 1660 – Parque Riachuelo, Belo Horizonte – MG, CEP: 31230-250

Desenvolvido por Breno Ribeiro, Mara Bianchetti e Vitor Adler
Anterior
Próximo
  • Pesquisar
  • Ver artigos salvos
  • Movimento Minas 2032
  • Reformas por Minas
  • DC Publicidade Legal
  • CIEE
  • SME
  • Edição Impressa
  • Podcasts
  • Nossa História
  • Anuncie Conosco
  • Fale com a Redação
  • Expediente
  • Termos de Uso
  • Política de Privacidade

PRODUZIDO EM

MINAS GERAIS

COMPARTILHE

Comunicar erro

Identificou algo e gostaria de compartilhar com a nossa equipe?
Utilize o formulário abaixo!