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Do coronavírus às nuances da Bolsa de Valores

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  • Por Diário do Comércio
  • Em 18 de fevereiro de 2020 às 00:00
Crédito: REUTERS/Leonardo Benassatto

Paulo Caus *

A bolsa de valores brasileira, a B3, divulga todos os meses em seu site, o número de investidores pessoa física no mercado e permite, inclusive, verificar essa evolução ao longo dos anos. No documento de publicação mensal mostram inclusive a divisão por sexo dos investidores com o último dado ainda mostrando uma maioria esmagadora de homens, infelizmente. O dado mais impressionante está na evolução ano a ano do número de investidores. Em 2018 fechamos o ano com 813.291 investidores e, em 2019 esse número saltou para a marca de impressionantes 1.830.745 pessoas investindo em bolsa. Um acréscimo superior a 125%.

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A título informativo, a evolução média do número de investidores na bolsa brasileira é de aproximadamente 24% ao ano. O movimento de 2019 que dobrou o número de investidores de 2018 teve alguns motivadores. A queda da Selic, que começou 2019 a 6,5% a.a. e finalizou a 4,5% a.a. com o corte mais recente, já estamos em 4,25% a.a. e a própria alta da bolsa ao longo do ano chamou a atenção dos ‘órfãos da renda fixa’, o índice que representa a oscilação média das principais empresas negociadas na B3, o Ibovespa, apresentou alta de 31,58% no ano.

Em um primeiro momento, ficamos muito animados e contentes ao vermos estes números. Afinal esse é o caminho que devemos seguir para nos equipararmos aos países desenvolvidos. Nos EUA, metade dos americanos possue investimentos em renda variável, já no Brasil, apesar da evolução, o número do final de 2019 representa algo em torno de 0,8% da população. Todavia, esse grande número de iniciantes no mercado de renda variável fica mais suscetíveis a cometerem erros comuns aos que estão iniciando no mercado de maior risco e talvez não estejam psicologicamente preparados para momentos de revés nos mercados.

Uma amostra disso são os acontecimentos de 2020. Momento em que o mercado global encontrou um problema a frente tratado como um foco de incerteza. Estamos falando do coronavírus.

A doença tem mostrando uma força contagiosa muito grande, uma taxa de mortalidade que não é das maiores, mas ainda assim preocupa bastante pelo grande potencial de contágio. O epicentro da doença está localizado em um dos maiores, se não o maior, motor do crescimento global – a China, o que gera consequências e incertezas para os mercados e economias de todo o mundo.

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A cada nova cidade chinesa que entra em quarentena, mais temor é lançado sobre a profundidade do impacto que este vírus terá sobre o nível de atividade econômica global, seja reduzindo o nível de demanda de produtos por parte da China,  pela redução da disponibilidade de bens que são manufaturados dentro do país e exportados para o mundo, ou até mesmo pelo risco de termos uma fração relevante da população mundial sendo dizimada pela doença, o que obviamente teria um impacto bem negativo sobre o nível de demanda por bens e serviços.

Dado esse inesperado foco de incerteza surgir em meio a um mercado que vinha renovando máximas históricas no mundo todo, percebemos quedas expressivas nas bolsas globais, inclusive a brasileira. Da sua máxima histórica atingida no dia 23 de janeiro de 2020 em 119.527 pontos, para o patamar mínimo do ano, atingido no dia 10 de fevereiro, o Ibovespa caiu 5,82%. E isso foi percebido na carteira de todos os brasileiros que possuem ativos de renda variável, tanto os aproximadamente 800.000 ‘veteranos’ quanto os mais de 1.000.000 de ‘novatos’ que entraram na bolsa no ano passado.

O efeito disso é um alto nível de nervosismo percebido de forma generalizada. Diversos investidores perguntando sobre o impacto do vírus nos seus investimentos, ansiosos para saber se devem zerar suas posições em bolsa enquanto é tempo.

Esse foi o primeiro movimento de realização mais forte percebido pela maioria dos investidores, visto que o ano de 2019, principalmente no segundo semestre, deixou-os muito mal-acostumados com fortes altas e pequenas realizações. O que inclusive concedeu a vários investidores a falsa impressão de que tinham plena capacidade para suportar as quedas da bolsa tranquilamente. Sendo importante ressaltar que a bolsa não mostrou todo seu potencial de volatilidade ao longo de 2019. No nosso histórico recente, tivemos em 2018 a greve dos caminhoneiros que derrubou o Ibovespa em 10,87% em maio de 2018 e, também em maio, porém em 2017, tivemos o evento do “Joesley Day”, o qual a bolsa caiu mais de 8% em um só dia.

A grande lição a ser aprendida aqui é a importância de ter uma carteira de investimentos que se encaixe ao seu perfil e a sua tolerância ao risco, que também permita ao investidor manter um nível aceitável de conforto em momentos de grandes realizações meio a movimentos mais amplos de alta no mercado em um prazo mais longo. Ainda que o retorno da taxa básica de juros seja o menor da história do Brasil é importante possuir parte da carteira nesse tipo de ativo para controlar a volatilidade da carteira como um todo. E por fim, a importância de vislumbrar o longo prazo em investimentos de renda variável, o investimento em bolsa não é para um recurso que tem destino certo em um curto espaço de tempo, afinal, estamos sujeitos a choques de incerteza a todo momento.

*Economista e sócio da 3ª Investimentos

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