ESG, uma moda muito bem-vinda

3 de agosto de 2021 às 0h10

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Crédito: Freepik

Quando algo começa a fazer muito sucesso no mundo dos negócios, logo atrai a atenção de todos: seja da mídia, interessada em investigar e levar mais informações ao público, dos empresários, que logo tratam de entender mais sobre o funcionamento dela e como trazer para a sua empresa, ou da população no geral, que fica curiosa sobre o assunto.

Com o ESG não poderia ser diferente. O planeta inteiro está discutindo sobre as práticas ambientais, sociais e de governança, e, mais recentemente, o tópico está recebendo bastante destaque não apenas na imprensa brasileira, mas também dentro das companhias.

Porém, um grande desafio a ser enfrentado atualmente é a falta de profissionais qualificados que consigam ajudar a adotar essas práticas, e vale destacar que essa dor está sendo sentida tanto pelas instituições que já tinham a cultura de tomar decisões permeadas pelos princípios contemplados pela sigla, quanto por aquelas que ingressaram nessa trajetória há pouco tempo.

Um levantamento do CFA Institute, organização profissional global sem fins lucrativos que oferece educação financeira aos profissionais de investimentos, realizado em dezembro de 2020 com 1 milhão de perfis do segmento financeiro no Linkedin mostra que menos de 1% das contas possuíam as habilidades necessárias nessa área. E esse déficit não é algo exclusivo das instituições econômicas: a demanda por colaboradores capacitados está alta em todos os ramos, e só tende a crescer.

Dito isso, por que então vemos o tema sendo mais intensamente comentado por companhias do mercado econômico? O que tenho percebido é que as novas gerações que estão chegando no mundo dos negócios estão trazendo também diferentes prioridades, e a responsabilidade sobre os impactos socioambientais é, talvez, a mais forte delas.

Isso, combinado com o recente cenário de aumento do público jovem no universo dos investimentos – dados da B3 revelam que 26% dos investidores têm entre 18 e 24 anos, sendo que em 2019 esse grupo respondia por 10% – ajuda a explicar o motivo pelo qual o ESG está tão em alta especificamente nessa área.

Outro fator que influencia o sucesso dos princípios no setor de capital e suas operações é a crescente busca por um mundo sustentável, que está gradualmente embasando as escolhas dos investidores, principalmente os estrangeiros que já lidam com essa questão há mais tempo, e resultando na exigência por soluções mais ecológicas.

Independentemente das razões que colocaram o ESG sob holofotes, o que podemos esperar daqui para a frente é que cada vez mais instituições o adotem não apenas por estar na moda, mas sim porque entenderam que os benefícios tanto para os negócios como para o mundo como um todo – em especial para o meio ambiente – são enormes, e nós só estamos vendo a ponta do iceberg de transformações positivas que ele pode, e vai, trazer.

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