Quando a mente e o coração se conectam

24 de junho de 2020 às 0h12

img
Crédito: Freepik

Francine Póvoa*

Eu sempre tive a convicção de que sensibilidade e razão podem e devem andar juntas, de que é possível gerir um negócio e liderar pessoas com a mente e o coração trabalhando juntos. Mas por muito tempo, no mundo da gestão e dos negócios, mente e coração foram considerados incompatíveis.

“O coração atrapalha no momento de se tomar decisões importantes. Líderes devem agir de modo racional sempre”, ouvíamos (e ainda ouvimos, mas com bem menos frequência, felizmente…).

Mas recentemente alguma coisa mudou. Começamos a ouvir termos que até então não ouvíamos no mundo dos negócios: amor, cuidado, generosidade, consciência, empresas que curam, empresas humanizadas. E começamos a ver exemplos bem interessantes de empresas e lideranças que introduziram em sua gestão esses valores. E além de se tornarem exemplos inspiradores também obtiveram resultados financeiros extraordinários.

E agora, no momento atual, que é provavelmente o maior desafio para empresas e lideranças em todos os tempos, estão se descortinando aos nossos olhos quais são de fato as empresas e lideranças que genuinamente querem fazer a diferença e contribuir para que o mundo seja um lugar melhor para todos por meio de seus produtos e serviços.

Quando mente e coração trabalham juntos nos negócios podemos perceber que:

• há clareza do propósito maior do negócio para todos;
• os propósitos individuais estão alinhados ao propósito da empresa;
• as lideranças são fortes e eficientes, mas também atuam de forma cuidadosa, amorosa e solidária;
• algumas questões são inegociáveis, especialmente aquelas que envolvem falhas de integridade;
• os líderes acreditam firmemente no trabalho como uma oportunidade de contribuir para a construção de um futuro melhor;
• todos os stakeholders estão envolvidos e veem valor no relacionamento com a empresa: colaboradores são engajados e apaixonados pelo que fazem, clientes se tornam defensores da empresa, fornecedores atuam como parceiros, investidores estão buscando resultados no longo prazo e comunidades querem a empresa perto delas;
• os resultados financeiros são um dos objetivos a serem alcançados, não o único objetivo. E são alcançados e sustentados no longo prazo;
• as pessoas fazem o que é certo porque é certo;
• as decisões são tomadas não pensando em trimestres e sim em gerações.

Quando mente e coração trabalham juntos é possível perceber um tipo de empresa: aquela que cura.

*Diretora Fundadora da Legacy4Business e Embaixadora do Capitalismo Consciente

Facebook LinkedIn Twitter YouTube Instagram Telegram

Siga-nos nas redes sociais

Comentários

    Receba novidades no seu e-mail

    Ao preencher e enviar o formulário, você concorda com a nossa Política de Privacidade e Termos de Uso.

    Facebook LinkedIn Twitter YouTube Instagram Telegram

    Siga-nos nas redes sociais

    Fique por dentro!
    Cadastre-se e receba os nossos principais conteúdos por e-mail