Demanda por crédito rural aumenta 24%

21 de setembro de 2021 às 0h30

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Crédito: Emater-MG/Divulgação

Os bons preços pagos pelas principais commodities agrícolas e pecuárias e a demanda dos mercados interno e externo aquecida estão estimulando os aportes na produção e elevando a demanda pelos recursos do Plano Agrícola e Pecuário (PAP).

Em Minas Gerais, nos dois primeiros meses da safra 2021/22, a contratação do crédito rural está 24% maior que a registrada em igual período da safra anterior. De acordo com os dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), já foram desembolsados para o Estado R$ 6,44 bilhões. Dentre as linhas, a de custeio concentra a maior parte dos recursos. Somente nela, a elevação foi de 22%.

Ao todo, em Minas Gerais, foram aprovados 41.025 contratos, aumento de 10% frente aos 40.124 registrados entre julho e agosto de 2020. Com o valor de R$ 6,44 bilhões já liberados, o Estado responde por 10% do valor total desembolsado para a agricultura e a pecuária do Brasil, recursos que estão na ordem de R$ 63,6 bilhões (35% a mais).

Para a agricultura, em Minas Gerais, foram liberados nos primeiros dois meses da safra R$ 3,48 bilhões, variação positiva de 20%, quando comparado com os R$ 3,48 bilhões registrados em igual período da safra anterior. O número de contratos aprovados avançou 14%, somando 17.273 unidades.

Na pecuária foi observado aumento de 33% na demanda pelo crédito rural, que somou R$ 2,27 bilhões entre julho e agosto. A aprovação de contratos chegou a 26.752, alta de 7%.

Dentre as linhas que compõem o crédito rural, o maior volume é desembolsado na de custeio, que é utilizada para cobrir as despesas normais dos ciclos produtivos. De julho a agosto, foram liberados para o Estado R$ 3,45 bilhões, aumento de 22% se comparado com o valor de R$ 2,84 bilhões liberados em igual período da safra anterior.  A aprovação de contratos cresceu 15% e encerrou o primeiro bimestre da safra em 17.014.

Para o custeio da agricultura, os desembolsos somaram R$ 2,19 bilhões e ficaram 13% maiores que os R$ 1,94 bilhão registrados anteriormente. Foram aprovados 9.168 contratos, 14% superior.

Em agosto de 2021, as culturas agrícolas que demandaram maior volume de crédito para custeio foram o café, com desembolsos de R$ 540,1 milhões, seguido pela soja (R$ 291,76 milhões), milho (R$ 174,3 milhões), cana-de-açúcar (R$ 65,09 milhões) e batata inglesa, com a liberação de R$ 20,21 milhões para o custeio da safra.

Pecuária 

Na pecuária os recursos de custeio já aprovados somaram R$ 1,26 bilhão, aumento de 41% quando comparado com o valor de R$ 900 milhões liberados no primeiro bimestre da safra 2020/21. No período, foram aprovados 7.846 contratos, variação positiva de 14%.

A maior parte do recurso, em agosto, foi destinada para o custeio da produção de bovinos, com desembolsos somando R$ 596,63 milhões. Para os suínos a liberação foi de R$ 77,58 milhões, a avicultura, R$ 50,04 milhões, e a piscicultura com R$ 1,13 milhão.  

Outra linha que vem se destacando é a de investimentos. A modalidade apresentou o maior crescimento nos desembolsos, 46%, com R$ 2,01 bilhões liberados. Ao todo, foram aprovados 26.644 contratos, elevação de 7%.

A maior parte dos recursos para investimentos foi destinada à agricultura. São R$ 1,11 bilhão já desembolsados, valor 59% superior ao registrado anteriormente. No período, a aprovação de contratos cresceu 14%, encerrando em 7.822.

Na pecuária, a expansão dos recursos foi na ordem de 33%, com a liberação de R$ 900 milhões em crédito para investimentos. A aprovação de contratos cresceu 5% somando 18.822 unidades.

Comercialização 

Já os desembolsos da linha de comercialização ficaram menores. O valor liberado para a linha em Minas Gerais somou R$ 430 milhões entre julho e agosto, queda de 45% frente aos R$ 780 milhões liberados no mesmo período da safra anterior. Ao todo, foram aprovados 303 contratos, queda de 6%.

Para a agricultura, o crédito da linha de comercialização alcançou R$ 380 milhões em desembolsos, variação negativa de 44%. Já para a pecuária, o montante liberado, R$ 90 milhões, ficou 51% inferior.

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