MG tem produção agrícola mais diversificada do País

6 de setembro de 2019 às 0h15

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Minas Gerais passou a ser o Estado com maior diversificação da produção agrícola no País. Dos 63 produtos pesquisados pela Pesquisa Agrícola Municipal (PAM) 2018, Minas Gerais possui informação para 50 deles. No valor total da produção apenas na agricultura (não inclui pecuária, silvicultura e extração vegetal), Minas Gerais fica em quinto lugar nacional, totalizando o valor de R$ 35,1 bilhões, atrás de São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul, aproximando-se deste último (R$ 38,4 bilhões). As informações foram divulgadas ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O aumento no valor da produção em relação ao ano anterior (12,5%) foi em virtude do acréscimo na produção de café, soja e cana-de-açúcar, os três principais produtos em termos de valor da produção no Estado, além da batata-inglesa.

Em 2018, a produção de apenas seis produtos do Estado (café, soja, cana-de-açúcar, milho, feijão e batata-inglesa) já corresponde a mais de 87% do valor total da produção agrícola de Minas Gerais avaliada pela pesquisa.

Cidades – Em termos municipais, entre os dez maiores produtores de café do Brasil, seis estão em Minas Gerais, sendo Patrocínio o primeiro colocado. Se considerarmos apenas o café arábica (principal espécie cultivada), entre os dez maiores, oito estão no nosso Estado.

Entre os dez maiores produtores nacionais de cana-de-açúcar, destaque para Uberaba (terceiro) e Frutal (nono), enquanto, no que se refere à produção de feijão, Unaí é o principal produtor nacional e Paracatu, o terceiro. Já Perdizes é o maior produtor de batata inglesa do Brasil, Santa Juliana o sexto e Sacramento, o décimo.

Além desses produtos, a fruticultura também possui papel destacado no Estado, gerando um valor bruto da produção próximo de R$ 2,1 bilhões, com destaque para a produção de banana. Minas Gerais é o quarto Estado com maior valor bruto da produção da fruticultura no País, atrás de São Paulo (destaque para a laranja), Pará (destaque para o açaí) e Rio Grande do Sul (destaque para uva e maçã).

Alho – Deve-se destacar ainda que o Estado foi o maior produtor de alho, estando Rio Paranaíba (segundo), Campos Altos (terceiro) e São Gotardo (quarto colocado) entre os dez maiores municípios produtores.

Minas Gerais também foi o terceiro maior produtor de tomate, sendo Araguari o oitavo maior produtor nacional, além de ser o segundo maior produtor de sorgo, estando Uberaba (quarto), Patrocínio (quinto), Capinópolis (oitavo) e Nova Ponte (nono lugar) entre os dez maiores produtores.

Nacional – A pesquisa do IBGE aponta que o município que mais se destacou no país no ano de 2018 em termos de valor de produção foi São Desidério, na Bahia, beneficiado pelas condições climáticas favoráveis da região.

A cidade baiana teve R$ 3,6 bilhões em valor de produção, aumento de 54,4% em comparação com 2017. A principal cultura local é a soja, com 1,6 milhão de toneladas e valor de produção de R$ 1,8 bilhão.

O gerente de Agricultura do IBGE, engenheiro agrônomo Carlos Alfredo, destacou em que São Desidério também é grande produtor de milho e de algodão herbáceo, tendo produzido 513,3 mil toneladas de algodão herbáceo (+75,4%), com valor de produção de R$ 1,5 bilhão; e 558,1 mil toneladas de milho (+45%), com valor de produção de R$ 281,7 milhões. Alfredo lembrou que o algodão é um produto que tem alto valor agregado. Isso fez com que o município, somando todas as culturas, se destacasse como o primeiro do Brasil. (Com informações da Agência Brasil)

Valor de produção bateu recorde de R$ 343,5 bilhões no País

Rio – A agricultura brasileira bateu recordes em várias culturas importantes no ano passado, que fizeram com que o valor de produção atingisse o recorde de R$ 343,5 bilhões, alta de 8,3% em relação ao ano anterior. A informação foi divulgada ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na publicação Produção Agrícola Municipal (PAM 2018).

Segundo o IBGE, o valor de produção é o mesmo que valor bruto de produção. Eles pegam o chamado “preço de porteira”, que é o preço livre de fretes e impostos, e multiplicam pelo total produzido. O resultado é o valor de produção.

De acordo com o gerente de Agricultura do IBGE, o engenheiro agrônomo Carlos Alfredo, as principais explicações para o recorde no valor de produção foram as condições climáticas, boas no início do ano para algumas culturas. O clima foi ruim para a segunda safra do milho, mas, em termos de valor, a falta do milho fez com que o preço do produto subisse, explicou.

“Então, impactou também nesse valor da produção”, disse. Foram plantados ao todo 78,5 milhões de hectares, redução de 0,6% na comparação com 2017.

O gerente de Agricultura observou que quando se olha o grupo dos grãos, principais produtos na categoria de cereais, leguminosas e oleaginosas, percebe-se que não conseguiu ser batido em 2018 o recorde de 2017, quando o clima foi excelente para as culturas.

“Mesmo assim, a gente teve uma produção de 227,5 milhões de toneladas. É uma queda de 4,7% em relação ao ano anterior, mas, mesmo assim, foi uma produção boa”. Em termos de valor da produção, que atingiu para essa categoria de produtos R$ 198,5 bilhões, foi apurada expansão de 13,6%.

“É a questão dos preços, que aumentaram bastante em 2018”. Carlos Alfredo disse que apesar da queda de 16% na produção de milho, ocorreu aumento de 14,1% no valor.

As dez principais culturas (soja, cana-de-açúcar, milho, café, algodão herbáceo, mandioca, laranja, arroz, banana e fumo) representaram quase 85,6% de todo o valor gerado no ano passado. A soja liderou, com participação de 37% no valor da produção, seguida pela cana-de-açúcar (15%) e milho (11%). A soja teve R$ 127,5 bilhões arrecadados, expansão de 13,6%; cana-de-açúcar, R$ 52,2 bilhões (-3%); e milho, R$ 37,6 bilhões (+14,1%).

Alta em 25 anos – A PAM 2018 revela que desde o Plano Real, em 1994, a soja liderou o ranking de culturas nacionais em termos de valor da produção, à exceção de 1996, quando foi substituída pela cana-de-açúcar. Em 25 anos, a soja subiu de um patamar anual de R$ 3,8 bilhões para R$ 127,5 bilhões, em 2018, incremento de 3.222,1%, com a área colhida evoluindo 201,6% (de 11,5 milhões de hectares para 34,8 milhões de hectares. A produção de soja cresceu 372,8% no período (de 24,9 milhões de toneladas para 117,9 milhões de toneladas).

A cana-de-açúcar também ampliou o valor da produção em 25 anos em 1.539,6% (de R$ 3 bilhões para R$ 52,2 bilhões), enquanto o milho aumentou o valor arrecadado em 1.111,7% (de R$ 3,1 bilhões para R$ 37,6 bilhões). Houve crescimento também da área plantada de cana-de-açúcar, de 4,4 milhões de hectares para 10 milhões de hectares; e de milho, de 14,5 milhões de hectares para 16,5 milhões de hectares.

Também no café foi registrada safra boa, com recordes na produção (3,6 milhões de toneladas produzidas, alta de 32,5% ante o ano anterior) e no valor de produção (R$ 22,6 bilhões, expansão de 22%). Carlos Alfredo salientou que “a questão climática ajudou bastante” nos resultados apresentados por essa cultura. A espécie café arábica teve um ano de bienalidade positiva em 2018, de alta produção. “A gente teve um recorde na produção de café no ano passado”. (ABr)

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