5ª rodada do Seed traz aceleração dentro do programa

2 de novembro de 2018 às 0h05

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Foto: Reprodução

A quinta rodada do Startups and Entrepreneurship Ecosystem Development (Seed), um dos maiores programas públicos de aceleração de startups da América Latina, conduzido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sedectes) com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), está a todo vapor e agora conta com uma equipe 100% do Seed em toda a aceleração.

Para a quinta rodada do programa, que começou em agosto, o Seed recebeu 1.073 inscrições e selecionou 40 startups (denominação para empresas em busca de um modelo de negócio repetível e escalável, que desenvolvem produtos ou serviços inovadores com potencial de rápido crescimento).

Para participar, as empresas devem ter um protótipo funcional já implementado e capacidade de entregar seu produto para clientes reais. No total, já passaram pelo programa 190 startups (contando as que estão atualmente em aceleração), sendo 36 delas estrangeiras.

Minas Gerais é o segundo estado do País com maior número de startups, atrás apenas de São Paulo, segundo levantamento feito pela plataforma 100 Open Startups. Cerca de 90% delas estão instaladas em Belo Horizonte, e 77% já em estágio avançado, com clientela formada e faturamento fixo.

Desde a quarta rodada, em iniciativa inédita no País, o Seed passou a treinar seus próprios agentes de aceleração, responsáveis pela capacitação das startups participantes. Para a quinta rodada, o treinamento ganhou metodologia própria e foi batizado de Seed Academy. Até então, parte dessas ações era terceirizada.

O processo consistiu em uma jornada de seis semanas, nas quais 10 pessoas foram treinadas pelo time do Seed e convidados do ecossistema de empreendedorismo e inovação. “Este treinamento foi fundamental para entregar pessoas mais qualificadas para auxiliar os projetos selecionados”, afirma o coordenador do Seed, Daniel Oliveira.

“Para a quinta rodada temos um programa mais robusto, com uma equipe 100% do Seed. Assim, conseguimos customizar todos os processos, o que se reflete em maior eficiência e agilidade”, aponta o coordenador.

O programa também mudou de local e agora funciona no hub, que fica no prédio Rainha da Sucata, no Circuito Cultural da Praça da Liberdade. “É um ambiente propício para inovação, com diversas universidades no entorno, e que abriga, ainda, o Hub Minas Digital e o Meu Primeiro Negócio, programas também conduzidos pelo governo estadual. Essa proximidade permite maior integração, aumentando e fortalecendo o ecossistema”, enfatiza Oliveira.

“Outra novidade é que desenvolvemos um sistema interno de inteligência para metrificar todas as ações e gerar insights a partir de cada interação que os participantes têm ao longo do programa. Esse sistema nos permitirá mais assertividade nas ações”, completa Oliveira.

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Oportunidade – Em 2014, o educador físico carioca Paulo Campos começou a coletar dados relacionados a doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão e diabetes. “Hoje, o plano/seguro de saúde é como um cheque em branco: a operadora espera o usuário ter o problema e procurar atendimento. Ela não sabe nada sobre ele, ao contrário do que faz uma seguradora de carro, por exemplo, que precisa saber em que bairro o carro fica estacionado, se fica fora ou dentro de garagem etc. Isso é um problema, já que essas doenças têm um grande período assintomático. A pessoa pode contratar o plano sem saber que tem qualquer uma dessas doenças, que são responsáveis por entre 75 a 80% dos gastos das empresas de saúde atualmente”, relata.

Pensando nisso, ele criou a Medex, startup que está sendo acelerada pelo Seed. “Nossa ideia é entregar soluções para essas operadoras de seguro, seguradoras de saúde, cooperativas médicas e até mesmo para o Sistema Único de Saúde (SUS). Os dados dos usuários ficam concentrados em um aplicativo. Semanalmente, os pacientes crônicos devem nos atualizar sobre seu estado de saúde, por meio de fotos – sejam da balança, do medidor de pressão ou de glicose. O grande barato é que há um conceito de inventivo financeiro para a prática de hábitos saudáveis”, completa Campos.

Segundo Campos, atualmente cerca de 80% dos contratos de planos de saúde são de pessoas jurídicas, isto é, empresas que pagam o benefício para seus empregados. “O nosso programa reflete em uma economia grande para a empresa – cujo segundo maior custo mensal normalmente é com o seguro-saúde – e em maior qualidade de vida para o usuário”, acrescenta.

Com 32 mil pessoas já mapeadas nos estados de Rio de Janeiro, São Paulo e Piauí, a Medex veio para Minas Gerais em busca de mais conhecimento e captação de clientes.

“Não tínhamos tentado entrar em nenhum outro programa de aceleração, até porque não existe iniciativa parecida com o Seed no Rio de Janeiro. Pensamos em fazer negócios em um estado que sabemos que tem um mercado muito promissor para nós”, enfatiza o empreendedor. “O Seed é um MBA na prática. Tem muita coisa que a gente, que está começando, não consegue perceber e colocar como prioridade. E o programa te faz ver isso. Estamos muito felizes”, enaltece Campos.

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