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Economia

Setor de alimentos está otimista, apesar de alta no custo

Empresas enfrentaram elevação nos preços de insumos e mão de obra, mas demanda aquecida traz boas expectativas

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  • Por Bianca Alves
  • Em 21 de maio de 2022 às 00:28
Encontrar mão de obra é um dos maiores desafios do setor | Crédito: Divulgação

A indústria de alimentos em Minas Gerais produziu 5,6% a mais em 2021, na comparação com 2020. No País, teve 3,2% mais vendas, enquanto o faturamento do setor aumentou 17% – sinal claro dos preços mais altos que alimentam a inflação. E que, ao que tudo indica, vão continuar aumentando para o consumidor final. 

Fermento não falta para esta massa: aumento dos custos e dos insumos, guerra no Leste europeu impactando produtos importados, temporada eleitoral conturbada e, como se não bastasse, soma-se a este cenário, no caso específico de massas e pães, o calor na Índia, segundo produtor mundial de trigo, que acena com menos exportação do cereal.

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E logo agora que o trigo estava dando um refresco para os panificadores. Segundo o presidente da Câmara da Indústria de Alimentos da Fiemg, Winicius Segantini Dantas, que é proprietário de sete padarias, os moinhos fizeram um movimento nos últimos meses, migrando do setor de congelados, que são clientes de grandes volumes, para as panificadoras, com as quais negociam preços melhores.

O consumidor final nem chegou a apreciar um pãozinho mais barato – item do qual não abre mão e, por isso, a demanda continua em alta, mesmo com preços maiores. Winicius Dantas diz que até sentiu a redução dos tickets, mas restrita a bairros de classe média baixa ou de jovens em início de carreira.

De maneira geral, porém, o setor de alimentos, segundo ele, está aquecido e não só na panificação. Os insumos estão com oferta e preço sob controle – energia elétrica e embalagens são itens que pressionaram muito durante a pandemia, mas que estão “quietinhas” neste momento, aponta Dantas.

Em relação à pandemia, o setor de alimentos está vindo de uma saia justa com a variante Ômicron e o consequente afastamento de funcionários no início do ano. Só na empresa de Dantas, em 29 dias do mês de janeiro foram 362 dias de atestados.

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Hoje, um dos grandes desafios do setor, por incrível que pareça, é a mão de obra. “Em um país de tantos desempregados, não conseguimos funcionários”, revela o empresário, que é presidente do Sindicato da Indústria da Panificação (SIP), que reúne mais de 4 mil padarias mineiras.

Dantas presume que os profissionais que hoje trabalham na informalidade, mesmo com todas as desvantagens, estão com dificuldades em voltar ao emprego formal. “Ele tem menos segurança, mas ganha mais. A solução seguramente é desonerar a folha, para que possamos negociar melhores salários”, acredita.

Para o empresário e dirigente sindical, apesar de viver um bom momento, a indústria de alimentos – que reúne na Câmara da Fiemg fabricantes de pão, carne, leite, massas e bebidas, entre outros – não se sustenta em um ambiente de inflação alta e redução de renda. Mesmo que estes produtos sejam os últimos a serem sacrificados na planilha de gastos do consumidor.

“Se perdurar, vai ser complexo, já que os aumentos não param”, diz Dantas. Um dos custos que vem aumentando é justamente o da mão de obra. “Quem faz reparos, manutenção, não vai querer trabalhar pra mim; ele vai querer consertar forno e fogão de todo mundo”, completa.

Momento de transformação

Enquanto isso, empresas do setor aproveitam as boas expectativas para investir no futuro. A Pif Paf Alimentos se apresentou de cara nova ao mercado, com logomarca reformulada, durante a Apas Show – considerada a maior feira de alimentos e bebidas das Américas e o maior evento supermercadista do mundo – esta semana em São Paulo.

Com sede corporativa em Belo Horizonte, a empresa completou 53 anos como a maior indústria frigorífica mineira, com cerca de 10 mil colaboradores. Atuando nas cadeias de produção verticalizada de aves e suínos, é hoje uma das maiores empresas nacionais do segmento alimentício, através das marcas Pif Paf, Fricasa, Uniaves, Club V, Flip, Rio Branco, Pescanobre, entre outras, que juntas compõem um portfólio de mais de 1.000 itens. 

Segundo o Diretor Comercial da empresa, Cláudio Kliemann Silva,  mesmo diante de uma crise sanitária que paralisou a economia e com o cenário global instável, a Pif Paf deu andamento a um robusto plano de expansão. Em 2021, ela teve um faturamento 18% maior, em relação a 2020, mesmo  sendo impactada por uma alta de custos em toda a cadeia produtiva (embalagens, fretes e insumos).

Um grande impacto veio dos custos  das commodities (milho e soja) – que representam cerca de 60% dos custos de produção –  cujas perspectivas são de se manterem em patamares muito acima das médias históricas, em razão do aumento da demanda mundial pelos grãos. 

Em 2020, a Pif Paf adquiriu a Fricasa, marca de suínos e embutidos de Santa Catarina e, em 2021, a Uniaves, do Espírito Santo, o que ampliou a capacidade de processamento de aves em 30%. Instalou um centro de distribuição em um ponto de transbordo em Vitória da Conquista e está expandindo os negócios para a Grande São Paulo, com a previsão de contratar 60 representantes comerciais para atuarem na região metropolitana.  

“Além disso, desde 2020 criamos um hub de marketing e gestão em São Paulo, o que é um grande passo para fortalecimento da nossa atuação na região. Atualmente, nossa força de vendas está próxima de 1.000 pessoas, presentes em vários estados, o que mostra que a Pif Paf Alimentos não é apenas uma empresa regional e caminha, cada vez mais, para uma abrangência nacional”, define Silva. 

Na conjuntura internacional, se por um lado o preço das commodities impactou seus custos, por outro a guerra no Leste europeu abriu uma janela importante no mercado mundial para a companhia, já que a Ucrânia é uma das principais exportadoras de frango.

“Ainda não conseguimos ter uma projeção de crescimento para este ano, pois o momento pediu uma criteriosa revisão do business plan, em função desse atual cenário, que traz novos desafios e oportunidades. Mas estamos confiantes, pois, até o momento, mantivemos o negócio em crescimento”, aponta o executivo.

O mercado também é promissor para a batata pré-frita congelada. Ele cresce de 8% a 10% ao ano e tem espaço para continuar assim pelo menos nos próximos dez anos, garante  o CEO da Bem Brasil, Dênio Oliveira. O mercado cresce não só no Brasil, como no exterior: em 2021, a empresa, fundada em 2006 em Araxá, exportou mais de 8 mil toneladas de batatas.

A guerra na Ucrânia contribuiu para o encarecimento de um dos seus principais insumos, os fertilizantes. Ao investir em ações de economia circular, a Bem Brasil consegue suprir uma parte da demanda, com a reutilização de resíduos do processo produtivo para a compostagem.

Atualmente, são destinados a esse processo cerca de 150 toneladas/dia de resíduos orgânicos de batata. A Bem Brasil produz 2.500 toneladas/mês de composto orgânico, chegando, em média, a 30 mil toneladas ano, que são aplicadas em 10 mil hectares de culturas diversas.

“Por essa razão, não sofremos tanto com a escassez de insumos, mas com a escalada dos preços. Esse aumento dos custos produtivos têm impactado as margens operacionais da empresa, entretanto não repassamos esses custos para o consumidor final”, afirma Oliveira.  

“Em momentos desafiadores como o atual, apostamos em um processo produtivo centrado na sustentabilidade e na criatividade. Importante destacar que a Bem Brasil segue apostando no futuro. Concluímos recentemente as obras da linha 4, em Perdizes. Foram destinados mais de R$ 700 milhões para essa nova linha de produção, o maior investimento da nossa história, e que vai permitir à Bem Brasil que praticamente dobre sua capacidade produtiva”, acrescenta o executivo.

Há 90 anos - Episódio 04 - A montanha-russa chamada década de 1960

  • Tags: Economia
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