Afastamentos atingiram 69% dos bares no Estado

5 de fevereiro de 2022 às 0h28

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Crédito: Tomaz Silva/ABr

Covid-19 e gripe afastaram um de cada cinco funcionários de bares e restaurantes de Minas Gerais entre dezembro e janeiro. Esta é uma das conclusões da pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel-MG), entre os dias 15 e 27 de janeiro, com 256 empresários do setor no Estado. O levantamento revelou que  69% (mais de dois terços) das empresas tiveram algum tipo de afastamento ocasionado pela expansão da variante Ômicron da Covid-19. 

Em Belo Horizonte, tais estabelecimentos têm em média seis funcionários, segundo cálculos da Abrasel-MG. “Sendo assim, um funcionário ausente foi um revés suportável, já que ele foi substituído pelo próprio dono, que deixou a gestão pelo balcão, ou por eventuais contratações de freelancer”, observou o presidente da Abrasel-MG, Matheus Daniel.

Segundo Matheus Daniel, nenhum restaurante teve que fechar por falta de funcionários e não houve nenhum relato de surto. “Quando um funcionário apresentava algum sintoma, era automaticamente encaminhado ao serviço médico. Os bares e restaurantes cumprem muito os protocolos. A maioria do pessoal nesses estabelecimentos usa máscara o tempo todo, o que evita a disseminação”, garante o dirigente.

A pesquisa também revelou que 46% das empresas de alimentação fora do lar em Minas Gerais obtiveram lucro em dezembro. Esse número é superior à média nacional do mesmo mês, que foi de 42%. Ainda em relação a números que indicam crescimento, 70% dos entrevistados disseram ter obtido melhores resultados em dezembro de 2021 quando em comparação ao mesmo mês do ano anterior.

Dezembro foi sim um bom mês, comemora Daniel, lembrando que nos meses de dezembro de 2020 e janeiro de 2021, ou seja, há um ano, Belo Horizonte passava por uma lei seca, que derrubou o faturamento do setor. “Os bares e restaurantes estavam pagando uma conta desproporcional na pandemia e qualquer movimento maior se refletiria positivamente. Tanto é que uma pesquisa recente mostrou que 75% dos bares e restaurantes tiveram um janeiro melhor que o do ano passado”, aponta.

Tributos e empréstimos em atraso

Ainda segundo os dados da pesquisa, 44% dos entrevistados disseram estar com parcelas do Sistema de Tributação Simplificada, o Simples Nacional, em atraso. Esse número expressivo de quase metade dos entrevistados, contudo, é atenuado por programas governamentais que auxiliam no parcelamento das dívidas. Destes que possuem parcelas em atraso, 35% já estão com débitos inscritos na dívida ativa da União.

Outros 54% dos empresários entrevistados admitiram ter contraído empréstimo do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), porém, destes, 17% estão com parcelas em atraso e 19% dizem correr o risco de quebrar em função do aumento na taxa de juros.

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