Após 12 meses, inadimplência recua em Minas

25 de julho de 2019 às 0h14

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Crédito: USP Imagens

A inadimplência dos consumidores em Minas Gerais voltou a cair após 12 meses. O número de inscritos no cadastro de devedores do Serviço de Proteção do Crédito (SPC) encerrou o mês de junho com queda de 1,05% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O número de pessoas inadimplentes no Estado também apresentou retração na comparação entre junho e maio de 2019 (-1,08%).

A primeira queda do Indicador de Inadimplência do Conselho Estadual do SPC desde maio de 2018 está associada à redução da taxa de desemprego e da inflação, como avalia o vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Fernando Cardoso.

“Com a redução da inflação, a economia funciona de uma maneira mais saudável. A melhoria da taxa de desemprego injeta mais dinheiro na economia, que gira de uma maneira melhor, empoderando tanto consumidores quanto empresas na evolução econômica”, afirma.

As dívidas dos consumidores também diminuíram em junho. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a redução do número de débitos vencidos foi de 4,54% enquanto na variação mensal a queda registrada foi de 0,75%.

A maior concentração de devedores está na faixa etária entre pessoas acima de 65 anos, que representam 11,27% do total. A maioria das dívidas registradas (8,48%) também se concentrou entre os consumidores com essa idade.

“Muitas vezes essas pessoas ainda são as responsáveis financeiras pela família e, além disso, elas têm grandes gastos com saúde, o que impacta na concentração da inadimplência e de dívidas nessa faixa etária”, explica Cardoso.

A inadimplência também caiu para ambos os gêneros pesquisados. Entre os homens, a queda foi maior, de 2,69%, enquanto para as mulheres o índice registrou redução de 1,77%.

Empresas – Entre as empresas mineiras, o número de inadimplência cresceu 2,03% em junho deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. Na base de comparação mensal, o endividamento das empresas aumentou 1,15%.

Já o número de dívidas das empresas apresentou queda de 0,8% em junho deste ano na comparação com o mesmo mês de 2018 e, na base comparativa de junho com maio de 2019, a quantidade de contas em atraso aumentou 2,34%.

De acordo com o levantamento, o número médio de dívidas das empresas em junho de 2019 foi de 1,96 por CNPJ enquanto no mesmo período do ano anterior foi de 2,01 por empresa.

Consumidor brasileiro está menos confiante

Rio de Janeiro – O Índice de Confiança do Consumidor, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 0,4 ponto de junho para julho deste ano, atingindo 88,1 pontos em uma escala de zero a 200 pontos. De acordo com a FGV, o indicador se mantém em nível baixo em termos históricos.

A queda foi provocada pela piora da avaliação dos consumidores em relação ao futuro. O Índice de Expectativas recuou 2 pontos, alcançando 97,7 pontos e permanecendo abaixo do patamar de 100 pontos pelo quarto mês consecutivo. O otimismo quanto à evolução da situação financeira das famílias foi o que mais contribuiu para esse resultado, ao cair 4,1 pontos.

Por outro lado, o consumidor está mais satisfeito em relação ao momento atual. O Índice da Situação Atual aumentou 1,9 ponto e foi para 75,3 pontos. O indicador que mede o grau de satisfação com a situação financeira das famílias subiu 2,8 pontos.

Segundo a pesquisadora Viviane Seda Bittencourt, houve muita heterogeneidade entre as respostas dos consumidores. Os de maior poder aquisitivo estão mais otimistas, segundo ela. Entre os demais, as expectativas continuaram sendo revisadas para baixo.

“Aparentemente, para o consumidor de baixa renda, a preocupação com o mercado de trabalho e com a situação financeira familiar são ainda os fatores de maior peso a determinar os movimentos da confiança neste ano”. (ABr)

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