Baixa rentabilidade faz investidores abandonarem CDB por alternativas na renda fixa

2 de dezembro de 2019 às 17h23

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Crédito: Divulgação

Com rentabilidade abaixo da poupança e, em alguns casos, ofertando menos de 1% ao ano de ganhos reais, os CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) estão, aos poucos deixando de ser os “queridinhos” dos brasileiros, que buscam a diversificação, mesmo dentro do conservadorismo da Renda Fixa. É o que revela a pesquisa Investimentos de Renda Fixa mais atrativos do Brasil: a busca pela diversificação, elaborada pelo App Renda Fixa, aplicativo, que compara gratuitamente investimentos conservadores em diversas corretoras, ligadas a bancos ou independentes.

Em média, 300 mil investidores consultam a plataforma por mês para comparar as oportunidades de investimento em renda fixa. Do total de consultas realizadas no início do ano, 51,42% envolviam a busca por CDB, mas o percentual caiu para 43,10% em setembro. “Observamos que o brasileiro deseja mais diversificação, mesmo dentro da renda fixa, pois muitos CDBs, principalmente quando falamos de grandes bancos, dão praticamente zero de rentabilidade real”, explica a economista do App Renda Fixa, Karina Garbes.

Em 2018, o estoque de CDBs bateu sucessivos recordes, chegando ao final de dezembro com R$ 875 bilhões. O volume de emissões no ano ficou bem perto de 5 trilhões, mas o mesmo não é esperado para 2019.  A queda da taxa Selic, hoje em 5% e que pode até encerrar o ano abaixo disso, é o motivador para ganhos tão reduzidos e que leva à saída dos investidores do tradicional papel para outras opções. “Vemos uma mudança no perfil do investidor brasileiro em renda fixa. Apesar de ainda concentrarem seu capital em poupança e CDB, tidos como aplicações mais seguras, porém pouco rentáveis, os brasileiros estão buscando outras oportunidades em renda fixa, como as LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e, apesar de menor número, CRIs e até ativos reais.

Segundo os dados da pesquisa do App Renda Fixa, envolvendo uma base de 1.950 CDBs emitidos, o papel com menor rentabilidade cadastrado na plataforma, rende anualmente 2,99% líquida ao ano, o que significa um ganho real (acima do IPCA) de apenas 0,7% e bem abaixo da poupança (4,49% ao ano). Ao deixar, por exemplo, R$ 10.000 no ativo por um ano, o investidor recebe o bruto de R$ 10.362,84, paga o imposto de renda de R$ 63,50 e fica com um valor líquido de R$ 10.299,34. “Poucas pessoas consideram questões como essas em seus investimentos, a maioria não costuma levar em consideração o IR e a inflação em suas aplicações, o que leva à falsa sensação de ganho mais elevado sem risco”, lembra Karina.

O CDB com maior rentabilidade registrado na plataforma oferece 8,4% de rentabilidade bruta ao ano, o que representa um ganho líquido de IR anual de 7,27%. “As pessoas não precisam mudar a classe de ativo de sua preferência para obter maior ganho e sim pesquisar o que está sendo ofertado no mercado com máximo cuidado”, recomenda a economista.

Já as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), segundo investimento de renda fixa mais procurado no aplicativo, responsável por 20,99% das consultas, também devem passar pela separação joio do trigo. Os dados do app mostram que a LCI com menor rentabilidade proporciona ganho anual de 3,52%, líquida de IR. “Em média, as LCIs rendem mais que os CDBs ainda mais que são isentas de imposto”, complementa Karina. Já a letra mais rentável da plataforma, oferece ganho de IGPM +2.95%, o que representa uma rentabilidade bruta anual ao redor de 6,5%.

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