Cielo amplia market share entre grandes do setor

31 de julho de 2019 às 0h03

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Crédito: Divulgação

São Paulo – A Cielo apresentou um desempenho mais forte do que o esperado e ganhou participação de mercado pelo segundo trimestre seguido em relação à Rede, do Itaú Unibanco, e à GetNet, do Santander Brasil, concluiu o analista do BTG Pactual Eduardo Rosman, ressaltando, contudo, que o cenário continua bastante desafiador para o setor de meios de pagamentos.

“Embora a Rede e a GetNet estejam dizendo que não querem brigar apenas por participação de mercado, não esperamos que a guerra de preços em ascensão diminua tão cedo”, afirmou Rosman, em relatório distribuído a clientes ontem, após a divulgação dos resultados trimestrais das principais empresas de adquirência do País.

De acordo com números conhecidos na semana passada, o volume financeiro das transações capturado pelos terminais da Cielo aumentou 8,9% no segundo trimestre, quando comparado ao mesmo período de 2018, para R$ 164,5 bilhões. Na comparação com os primeiros três meses do ano, cresceu 4,9%.

Na segunda-feira (29), o Itaú divulgou que a sua atividade de adquirência alcançou R$ 114,1 bilhões, acréscimo de 12,1% em relação ao mesmo período de 2019 e de 0,9% frente ao primeiro trimestre. Em teleconferência com jornalistas, o presidente-executivo do banco, Candido Bracher, disse que a Rede tem perdido parcelas de mercado em segmentos menos rentáveis.

Na semana passada, Santander Brasil havia reportado queda de 6,35% no faturamento da Getnet, para R$ 46,9 bilhões. Em relação aos primeiros três meses de 2019, houve queda de 1,47%.

A Stone, que divulgou dados preliminares para abril a junho ontem, mais uma vez “brilhou” na visão do BTG, ao sinalizar crescimento de 60,6% no volume total de pagamentos processados na plataforma ano a ano, para R$ 29,8 bilhões.

Ambiente desafiador – Rosman disse que melhorou um pouco o viés em relação ao preço das ações da Cielo após números do segundo trimestre, mas que, estruturalmente falando, o ambiente ainda é altamente desafiador.

“Se as informações fornecidas forem corretas (ou seja, que apenas 50% da base já está sob novos preços), a rentabilidade ainda tem muito espaço para diminuir”.

“Naturalmente, Rede e GetNet não estarão em modo de espera. Como ambos são 100% de propriedade do Itaú e do Santander, também acreditamos que eles podem ser mais facilmente tratados como centros de custo por seus acionistas controladores, o que não é o caso da Cielo”, acrescentou.

O BTG Pactual tem recomendação “neutra” para Cielo e Santander Brasil e de “compra” para Itaú e Stone. (Reuters)

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