Cotação do dólar acompanha exterior e sobe

28 de abril de 2022 às 14h09

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Crédito: REUTERS/Marcos Brindicci

São Paulo– O dólar retomava seu movimento ascendente nesta quinta-feira (28), depois de ter pausado um rali contra o real na véspera, acompanhando mais uma vez a ampla força da moeda norte-americana no exterior em dia de agenda carregada de indicadores.

Às 9h07 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,59%, a R$ 4,9976 na venda.

Na B3, às 9h07 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,66%, a R$ 5,0015.

O dólar spot fechou a última sessão em baixa de 0,43%, a R$ 4,9682 na venda, interrompendo sequência de três ganhos diários consecutivos.

Na véspera, a forte valorização das ações de exportadores de commodities metálicas permitiu a recuperação parcial da Bolsa de Valores brasileira e colaborou com a queda do dólar, apesar da aversão global aos investimentos de risco devido às ameaças da inflação mundial.

O Ibovespa, indicador de referência do mercado de ações do Brasil, subiu 1,05%, a 109.349 pontos, após uma sequência de sete quedas diárias.

Após três sessões em alta, o dólar comercial recuou 0,46% na venda, a R$ 4,9670, embora a cotação tenha passado dos R$ 5 pela manhã.

Além da valorização do setor de commodities, que atrai dólares de estrangeiros para o mercado doméstico, o Banco Central também atuou com o intuito de segurar a cotação, realizando um novo leilão de swap cambial tradicional.

Entre as principais matérias-primas exportadas pelo Brasil, o minério de ferro voltou a ter seus contratos futuros valorizados após dias de fortes baixas. Na cidade portuária de Qingdao, na China, a alta de 1,49% significou um alívio depois do tombo de 10% no acumulado de quatro sessões no vermelho.

Permissões para a reabertura de fábricas e o afrouxamento do confinamento para contenção da Covid em Tangshan, principal centro produtor de aço da China, conforme reportou a agência Bloomberg, são as razões apontadas por analistas para a recuperação das commodities metálicas.

Promessas do governo chinês sobre injeções de recursos no setor de infraestrutura ajudaram a ampliar o otimismo sobre o aquecimento da demanda no país que é o maior produtor e consumidor de aço do planeta.

No Brasil, investidores também avaliaram notícias sobre inflação doméstica. O IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial, subiu 1,73% em abril. Pesquisa da Reuters com economistas estimava alta de 1,85% para o período.
Isso teve reflexo no mercado local de juros futuros, cujos contratos com vencimento nos próximos anos passaram a indicar queda.

Entre terça e quarta, a taxa de Depósitos Interbancários (DI) para janeiro de 2023 caiu de 13,02% para 12,97%. Esse tipo de contrato é negociado exclusivamente entre bancos, mas serve de referência para o mercado de crédito.

Nas negociações de derivados do petróleo, as atenções ficaram voltadas para o gás natural. O preço de referência dos contratos negociados na Europa subiu 4,09%, a 107,42 euros (R$ 568,14) por MWh (megawatt-hora). Na véspera, a commodity já havia disparado 11,17%.

A companhia russa de energia Gazprom avisou a autoridades de Polônia e Bulgária que suspenderia a partir desta quarta o fornecimento de gás, após Varsóvia impor novas sanções a indivíduos e empresas do país presidido por Vladimir Putin.

Com a medida, os países se tornam os primeiros a ter o abastecimento do produto cortado pelo principal fornecedor da Europa desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro.

O mercado do petróleo teve um dia morno. O preço do barril do óleo bruto mais negociado, o Brent, subiu 0,20%, a US$ 105,20 (R$ 527,44). A matéria-prima, porém, se mantém em um patamar historicamente elevado desde o início da guerra, contribuindo para a alta da inflação global.

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