Dia das Mães pode injetar R$ 2,18 bi no varejo de BH

1 de maio de 2019 às 0h19

img
Crédito: Alisson J. SIlva/Arquivo DC

O Dia das Mães, considerado a principal data em termos de vendas para o varejo no primeiro semestre, promete uma injeção de R$ 2,18 bilhões no comércio de Belo Horizonte neste exercício.

O montante é cerca de 1% superior ao estimado para o mesmo período do ano passado, quando o levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) apontou um faturamento de R$ 2,16 bilhões no comércio da capital mineira em virtude da data.

Segundo o vice-presidente da entidade, Fernando Cardoso, o consumidor está otimista, disposto a ir às compras e até a gastar mais. Porém, ainda mantém determinada cautela, em função das incertezas no cenário econômico brasileiro.

“O apelo emocional é o principal determinante na decisão do consumidor no Dia das Mães. A pesquisa revelou, por exemplo, que oito em cada dez moradores da Capital (81,8%) pretendem presentear as mães este ano”, comentou.

O tíquete médio dos presentes deste ano deverá ficar estável, já que a pesquisa indicou um gasto médio de R$ 124,73 nos presentes contra os R$ 122,75 previstos no ano passado. Vale destacar que o valor desembolsado pelo consumidor neste Dia das Mães poderá variar conforme o tipo de produto escolhido.

Quem for presentear com joias e bijuterias, por exemplo, irá desembolsar o maior valor. O tíquete médio para estes itens será de R$ 167,63. A compra de calçados deve girar em torno de R$ 106,54. Já os menores valores pagos serão em perfumes e hidratantes (R$ 87,75) e roupas (R$ 85,62).

Mas, conforme a pesquisa, os itens mais procurados para presentear em 2019 seguirão a mesma linha dos produtos do Dia das Mães no ano passado: 48,8% roupas, 29,8% perfumes e hidratantes, 14,8% calçados e 4,7% jóias e bijuterias.

“No caso das roupas e itens de perfumaria, a preferência ocorre em função da variedade de produtos disponíveis e preços variados”, explicou.

Além disso, apenas 30,8% dos consumidores irão comprar mais do que um presente para o Dia das Mães. E a maior parte dos entrevistados (49,8%) pretende gastar de R$ 50,01 a R$ 100 no presente.

Sobre o local onde os consumidores irão realizar as compras, a maioria dos entrevistados respondeu (41,7%) que o local escolhido para adquirir o presente será em estabelecimentos que fiquem perto de suas casas. Já 33,8% preferem próximo ao trabalho. As lojas em centros comerciais foram a opção citada por 67,7% dos consumidores como lugar ideal para a realização das compras, seguidas pelos shoppings centers (27,1%) e internet (7,7%). Conforme Cardoso, isso indica a busca por maior comodidade.

O pagamento à vista (90,1%) será o mais utilizado para comprar os presentes. O dinheiro será a opção escolhida por 53,1% dos entrevistados. Já 19,7% dos consumidores vão utilizar o cartão de débito, e 16,3% vão pagar à vista no cartão de crédito.

Preços – De acordo com 76,1% dos entrevistados, o preço dos produtos é o que mais os atrai durante as compras. Em seguida, o que mais chama a atenção é o bom atendimento, com 55,5% das respostas. Neste caso, o vice-presidente da CDL-BH chama atenção para o preparo dos lojistas para receberem os clientes.

“Os lojistas devem estar cada vez mais preparados para oferecer a seus clientes um mix de produtos variados, com preço justo e atendimento de qualidade. O preço atrai o cliente à loja e o bom atendimento o faz concluir a compra e até elevar o tíquete”, justificou.

Intenção de consumo tem alta em Minas

O apelo emocional do Dia das Mães elevará não somente o faturamento do comércio da capital mineira no mês de maio, como aumentou o número de pessoas que pretendem gastar o dinheiro ao invés de poupá-lo no próximo mês em todo o Estado.

De acordo com levantamento de Intenção de Consumo da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Minas Gerais (FCDL-MG), 44,2% dos consumidores mineiros pretendem ir às compras.

A título de comparação, o economista da entidade, Vinícius Carlos, destacou que o índice de consumidores que afirmaram usar seu dinheiro para compras no mês passado foi de 28,6%.

“Trata-se de uma data muito importante para as pessoas e também para o varejo, pois é a segunda melhor em termos de vendas no ano”, disse.

Para Vinícius Carlos, porém, além do apelo emocional, a melhoria na confiança das pessoas também influenciou o resultado da pesquisa. No entanto, o índice ainda ficou abaixo do indicado pelo levantamento realizado na mesma época do ano passado (49,4%).

“Para alcançarmos os patamares anteriores faltam medidas concretas que estimulem a absorção de pessoas desempregadas e promovam o aumento da renda”, explicou.

Tags:
Facebook LinkedIn Twitter YouTube Instagram Telegram

Siga-nos nas redes sociais

Comentários

    Receba novidades no seu e-mail

    Ao preencher e enviar o formulário, você concorda com a nossa Política de Privacidade e Termos de Uso.

    Facebook LinkedIn Twitter YouTube Instagram Telegram

    Siga-nos nas redes sociais

    Fique por dentro!
    Cadastre-se e receba os nossos principais conteúdos por e-mail