Dimensão da tragédia em MG é avaliada

26 de janeiro de 2019 às 0h08

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O Ministério Público Federal montou uma força-tarefa para acompanhar o acidente - REUTERS/Washington Alves

O Ministério Público Federal em Minas (MPF), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Defensoria Pública do Estado se mobilizaram, na tarde de sexta-feira (25), na tentativa de verificar a dimensão do desastre causado pelo rompimento de barragem de mineração da Vale, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), traçar estratégias e tomar providências. Esses órgãos encaminharam equipes paro o município. Em nota, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse que o fato requer providências firmes das instituições. Ela entrou em contato, por telefone, com representantes do MPMG e MPF em Minas.

Antes mesmo de saber a real dimensão do desastre, que causou mortes e deixou pessoas desaparecidas, o Ministério Público Federal encaminhou representante ao local. O procurador regional dos Direitos do Cidadão, Helder Magno da Silva, foi até Brumadinho para verificar a situação dos atingidos. No site do órgão foi divulgada nota informando que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, acompanha os desdobramentos do rompimento da barragem.

“É mais uma tragédia humana e ambiental que atinge o Estado e que reforça a preocupação com problemas crônicos e graves em nosso País”, afirmou a procuradora-geral, Raquel Dodge. Ela também conversou com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sales, que veio a Minas. No caso do rompimento da barragem da Samarco (controlada pela Vale e BHP Billiton), em Mariana, na região Central de Minas, o Ministério Público Federal montou uma força-tarefa para acompanhar o caso.

Por meio de nota em seu site, o Ministério Público de Minas Gerais informou que o procurador-geral de Justiça, Antônio Sérgio Tonet, determinou que uma equipe do Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais (Nucrim) verifique e avalie, em conjunto com outras autoridades da área ambiental do Estado, a extensão dos danos causados pelo rompimento de barragem de mineração. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, a promotora Andressa Lanchotti, coordenadora ambiental, e uma equipe do Nucrim seguiram para o local ainda na sexta-feira.

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Plantão – A Defensoria Pública Geral de Minas divulgou em suas redes sociais que iria manter plantão em Brumadinho durante o fim de semana, para primeiro atendimento jurídico aos atingidos, e também disponibilizou um número de celular (31 99619 9757) para apoio.

Por volta das 16h de sexta-feira, a defensora pública Raquel Gomes de Souza, chefe de gabinete da Defensoria Pública de Minas, informou que as ligações para o celular eram constantes, com várias pessoas buscando informações sobre situação das estradas e abastecimento de água. Muitos dos questionamentos ainda estavam sem respostas. Já havia também ligações de pessoas se oferecendo para trabalhar voluntariamente prestando ajuda humanitária às vítimas.

Ela confirmou que a defensoria já havia encaminhado uma equipe para o local, para um primeiro acolhimento aos atingidos. Os defensores devem manter o atendimento na cidade não só no fim de semana, mas também nos dias seguintes.

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